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terça-feira, 13 de julho de 2010

APARENCIAS E COSTUMES

Embora os povos antigos não contassem com a variada seleção de tecidos e modelos que temos hoje, seria engano pensar que o vestuário daquela época fosse feio e sem graça. Muitas pessoas usavam roupas de cores variadas, com elaborados bordados. Mas a maioria usava roupas simples, feitas em casa.
A maior parte dos judeus não se restringia a apenas um deter­minado tipo de roupa, já que recebiam influência dos gregos e ro­manos. E apesar de a lei ser bastante rigorosa em certos pontos, mui­tos deles se vestiam como bem queriam.

O GUARDA-ROUPA BÁSICO
O guarda-roupa básico de um israelita do primeiro século, além dos complementos como a bolsa de dinheiro, um xale ou sapato extras, consistia de quatro ou cinco peças essenciais, que examinaremos em seguida.

A túnica exterior
Algumas vezes chamada de capa, essa peça era uma espécie de agasalho, que se usava como hoje usamos um paletó ou blusão. Possivelmente era apenas um pedaço de tecido em for­mato de quadrado, com uma abertura no meio, para se enfiar a ca­beça. Essas capas eram tingidas de cores alegres ou então listradas, e o tecido utilizado poderia ser um linho fino ou uma fazenda mais rústica, dependendo das condições econômicas do usuário. Um ho­mem que se prezasse não entraria no templo sem estar conveniente­mente vestido com sua capa.

A capa era uma peça muito importante e de grande vator, e em muitos casos era motivo de orgulho para seu possuidor. Quando uma pessoa sofria um revés financeiro, podia empenhar a capa para obter dinheiro. Mas, pela lei, ela teria que lhe ser devolvida antes do anoitecer, já que ele a utilizava também como cobertor. Por ocasião da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, as pessoas que estavam na rua estenderam suas vestes pelo caminho, num gesto de home­nagem a ele (Mt 21:8).

Havia algumas pessoas que possuiam túnicas de excelente qua­lidade, com franjas na bainha. Mais tarde passaram a colocar franjas também na túnica de baixo, e, por úitimo, nos xales que vestiam para orar. Inicialmente, essas franjas eram presas à veste por um cordão de cor azul, e tinham por finalidade relembrar ao usuário os mandamentos de Deus (Nm 15:37-41). Com o passar do tempo, alguns começaram a exagerar essa prática. Alguns fariseus, por exemplo, usavam franjas bem compridas para que todos vissem que eram devotados aos mandamentos de Deus. Jesus chamou isso de hipocrisia, já que o faziam só para serem vistos (Mt 23:5).

Escrevendo a Timóteo, Paulo lhe pede que lhe traga alguns objetos pessoais que prezava muito, dentre os quais cita uns pergaminhos e sua capa (2 Tm 4:13). Ela lhe seria de muito valor numa noite fria, naquela prisão romana. No primeiro século, os ricos passaram a usar túnicas maiores e de melhor qualidade. Assim demonstravam sua condição de abastados (Tg 5:2), contrastando com com a maioria do povo, que possuía apenas uma túnica simples.

De posse de todas essas informações sobre a túnica exterior, podemos compreender melhor o que Jesus diz a respeito dela em Mateus 5:40. Ensina ele que, se alguém demandasse com um de seus discípulos e quisesse tirar-lhe a túnica (a veste interior), este deveria entregar-Ihe também a capa (túnica exterior). É interes­sante observar que em Lucas 6:29 a situação é colocada na ordem inversa. E ele ensina que o discípulo deve agir assim, mesmo sa­bendo que a lei mosaica tinha dispositivos para a proteção da posse dessa vestimenta (Ex 22:26,27). Jesus sabia do grande valor da capa como objeto pessoal, mas, apesar disso, ensinou que seus seguido­res deviam entregá-la voluntariamente ao adversário. Pela lei do amor, ensinada por Jesus, nossos "direitos pessoais" vêm em se­gundo plano em relação aos desejos e necessidades dos outros.
Algumas pessoas não conseguiam resistir à tentação de ostentar pelas praças suas belas capas. É por causa disso que Jesus critica os escribas religiosos que se exibiam com capas vistosas (Lc 20:46), que na verdade eram túnicas talares, mas tinham maior preocu­pação com uma bela aparência, do que em atender ao próximo.

Não há dúvida que a capa de mais triste lembrança na história é o manto de púrpura com que os soldados vestiram Jesus num gesto de zombaria (Jo 19:2). O roxo era a cor da realeza, mas no caso de Cristo, o manto, acompanhado da coroa de espinhos, era a expressão do desprezo que eles votavam ao Messias.
Os israelitas gostavam muito da cor roxa, assim como os canani­tas também. A tinta utilizada para obter essa cor era retirada de uma espécie de caramujo, e muito valorizada em todo o mundo. Era fabri­cada em diversos tons. Para a construção do templo, Salomão havia mandado buscar em Tiro homens que soubessem trabalhar em obras de púrpura (2 Cr 2.7).

No Velho Testamento são mencionados dois casos em que essa tú­nica exterior tem um papel importante: na história de José e na do gigante Golias. A capa de José ganha certo destaque na Bíblia em parte por causa de uma tradução incorreta. Na verdade, não se tra­tava de uma túnica de várias cores, como diziam algumas versões, mas de uma veste de mangas longas (Gn 37:3). A capa de manga longa era indicação de que seu usuário era uma pessoa importante que não poderia realizar trabalhos corriqueiros. Naturalmente, os irmãos de José se ressentiram disso, e resolveram tentar matá-lo.

A imensa capa do gigante Golias era uma couraça, que pesava cerca de 55 quilos (1 Sm 17:5). Tratava-se de uma antiga peça de ar­madura recoberta de centenas de escamas de metal pregadas umas às outras, para protegê-lo de lanças. Na batalha de Megido, foram re­colhidas cerca de duzentas dessas capas.

A veste interior
A peça básica do vestuário de um judeu era a tú­nica, uma espécie de camisa longa, semelhante a um vestido ou a uma camisola de dormir. Como a capa, era feita de lã ou linho.
Nas menções a roupas que encontramos na Bíblia, às vezes é di­fícil saber com certeza quando se trata dessa veste interior e quando se fala da capa. Portanto, ao fazer a descrição delas, ora apresenta­mos fatos, ora apenas conjecturas.

Essa túnica poderia ser de uma cor só, ou de muitas cores. Algu­mas tinham também bordados, como a capa.
Para muitos judeus, as roupas eram um símbolo de status, por isso aquilo que João Batista falou a respeito delas deve tê-los dei­xado meio incomodados. O profeta afirmou que quem tivesse duas túnicas devia dar uma para quem não tivesse nenhuma (Lc 3:11). E, ao que parece, também Jesus achava que era fácil uma pessoa ficar obcecada pelo desejo de possuir boas roupas. Ele ensinou que, as­sim como as flores não se preocupavam, nós não deveríamos preocupar-nos com roupas (Mt 6:28-33).

É interessante notar que quando Jesus narrou a parábola do rico e Lázaro (Lc 16:19ss) ressaltou o fato de que o rico egoísta tinha rou­pas de púrpura e linho finíssimo. Isso é digno de nota pois normal­mente ele não se preocupava em mencionar o que as pessoas ves­tiam. 0 termo púrpura talvez designasse um dos diversos tons que ia desde o roxo profundo, até o azul profundo, passando pelo carme­sim. A túnica interior de linho, usada pelos homens, era feita de uma fibra tingida de amarelo, que era importada do Egito, e se chamava bisso. Era tão luxuosa que os egípcios falavam dela como de "um te­cido feito de ar".

No texto bíblico que relata que o sumo sacerdote rasgou suas ves­tes ao ouvir a declaração de Cristo, não há indicação clara sobre qual das duas ele teria rasgado. O termo empregado em Marcos 14:63 de­signa uma veste interior, mas o de Mateus 26:65 sugere uma peça ex­terior. O historiador Josefo afirma que ele deve ter rasgado a de baixo. Mas é possível que tenha sido ambas.

A roupa que Jesus estivera usando na ocasião da crucificação e que os soldados tiraram, certamente era uma túnica interior (Jo 19.23). (Eles já haviam tirado o manto de púrpura que tinham ves­tido nele para fazer a zombaria.)

Essa túnica interior de Jesus era sem costura, portanto, de boa qualidade. Embora não fosse nada de extravagante, era uma peça de valor. A túnica interior do sumo sacerdote era desse tipo, sem cos­tura. Eles perceberam que seria desperdício dividi-la em quatro par­tes. A distribuição das peças entre eles foi o cumprimento da profe­cia do Salmo 22:18.

O cinto
A cinta ou cinto mencionados na Bíblia provavelmente são diferentes nomes para um mesmo objeto. Parece que, ao longo dos anos, ele vai variando de tamanho e nome, mas a função é quase sempre a mesma - prender as túnicas longas para facilitar a cami­nhada. As vezes as roupas compridas atrapalhavam um pouco quando alguém queria correr ou quando seu trabalho exigia gestos mais largos. Nesse caso, ele erguia a barra da vestimenta e enfiava a ponta no cinto.

Às vezes, esse cinto era apenas uma túnica amarrada na cintura. Talvez a referência mais conhecida desse uso do cinto seja a de Elias, que prendeu a roupa com um cinto para correr até a entrada de Jez­reel (1 Rs 18:46).

Quando uma pessoa estava de luto ou em profundo pesar, usava um cinto feito de pano de saco (1 Rs 20:32). O pano de saco era um tecido feito de pêlos de cabra, e quando usado diretamente sobre a pele infligia grande desconforto (Jn 3:6). Às vezes eles o punham por cima das roupas mesmo.

No primeiro século também usava-se muito o cinto. Sua principal finalidade era ajustar ao corpo as túnicas interiores folgadas. Na maioria dos casos, o cinto nada mais era que uma larga tira de pano enrolada na cintura. Mas os homens ricos tinham também cintos de seda ou de couro, e alguns desses ostentavam vistosos bordados, e talvez até uma fivela de ouro. Geralmente o tecido usado como cinto era de cor vistosa.
Nos dias de Cristo, os cintos tinham diversas finalidades práticas. Enfiavam-se neles facas, ou facões, espadas ou tinteiros de chifre. Nele também carregava-se dinheiro. Quando Jesus disse aos discípu­los que, ao sair para a sua missão itinerante, não levassem no cinto nem ouro, nem prata nem cobre (Mt 10;9), estava-se referindo exata­mente a essa prática.

Foi também um cinto que o profeta Ágabo pegou com Paulo, para amarrar suas próprias mãos e pés, mostrando o que estava para acontecer ao apóstolo (At 21:11).
"Cingir os lombos" ou prender as vestes com o cinto era uma ex­pressão empregada em Israel que significava momentos de dificuldade. Certa ocasião, o profeta Eliseu disse a um dos filhos dos pro­fetas que cingisse os lombos e fosse entregar determinada mensagem (2 Rs 9:1). Empregando a mesma idéia, Pedro diz aos cren­tes para cingirem o entendimento (1 Pe 1:13).

Chapéus e adornos de cabeça
A Bíblia quase não faz menção do que se usava na cabeça, mas quase todo mundo a cobria com al­guma coisa. E embora não haja nenhuma referência acerca de Jesus nesse particular, é quase certo que ele andava de acordo com os cos­tumes da época.

Um dos adomos de cabeça mais usados era uma espécie de lenço quadrado. Embora quase sempre fosse branco, havia lenços de ou­tras cores também. Para usá-lo, eles o dobravam diagonalmente, e o colocavam na cabeça de modo que as pontas ficassem para trás, junto à nuca. Para que não caísse, eles o firmavam com uma corda, no alto da cabeça. Nos dias de sol forte, esse lenço servia para pro­teger o pescoço dos raios solares. Como outras peças do vestuário, tinha também outras utilidades. Protegia os olhos da luz do sol, e fun­cionava como máscara para o rosto, caso o indivíduo fosse apa­nhado por uma tempestade de areia.

É bem provável que Jesus usasse um desses lenços. Além disso, ele deve ter tido também um xale com que cobria a cabeça quando ia à sinagoga orar. Os solidéus, que hoje são conhecidos como kipá, usavam-se também nas sinagogas, e provavelmente era uma prática opcional.

É possível que, antes do exílio, os israelitas não tivessem ainda ad­quirido o hábito de usar chapéus e outros tipos de adornos de cabeça, a não ser para ocasiões especiais. Muitas mulheres judias usavam en­rolados em torno da cabeça véus que não eram propriamente um adorno. Já as mulheres das nações adjacentes gostavam desse tipo de atavio.

Existiam diversos tipos de adornos, de diversos formatos, cores e materiais (dentre os quais o turbante).
Nos escritos do Novo Testamento há poucas referências a adornos de cabeça (1 Co 11:15; 1 Tm 2:9; 1 Pe 3:3), e mesmo nessas poucas oca­siões o texto está mais relacionado com a forma de arranjar o cabelo.

Calçado
Na antiguidade, havia apenas dois tipos de calçados: san­dálias e sapatos. As sandálias eram bem simples, e bastante semelhan­tes às que usamos hoje em dia. Consistia de uma sola feita de um ma­terial resistente como casca de palmeira ou caniço, provida de tiras de couro que se amarravam ao pé. Vez por outra, as pessoas usavam me­ias, mas normalmente a sandália era calçada sem meia.

Quando uma visita chegava a uma casa, havia um escravo incum­bido de remover-lhe as sandálias dos pés. Às vezes esse serviço era exe­cutado por um membro da família que fosse de condição inferior, ou en­tão alguém se rebaixava para assumir essa função. João Batista decla­rou, certa vez, que não era digno de desatar as sandálias de Jesus (Jo 1:27). Dessa maneira, ele afirmava que era bem inferior a um escravo.

Os sapatos eram semelhantes às nossas botas de cano médio. Eram feitos de um couro macio, geralmente de camelo, chacal ou de hiena. É provável que as pessoas usassem sapatos nos dias frios e chuvosos, e sandálias, quando fazia tempo bom.

Alguns sapatos eram guarnecidos de tachas grandes no solado. Eram calçados bem fabricados, para serem usados em viagens lon­as, e talvez fossem parecidos com as botas de hoje, embora não tão bem acabadas quanto as modernas. Ao que parece, a principal utili­dade desse tipo de bota eram as longas jornadas, e, por causa disso, era proibido calçá-las em dia de sábado. Supunha-se que se alguém calçasse a bota poderia ser tentado a caminhar mais do que lhe era permitido no sabá.

Tanto as sandálias como os sapatos são largamente menciona­dos na Bíblia. Em festas sagradas, as pessoas tinham que tirar os sa­patos, o mesmo acontecendo quando entravam num lugar santo, como o santuário ou o templo (Êx 3:5; At 7:33). Houve também a oca­sião em que certo homem, para confirmar a sua intenção de fechar um trato com Boaz, tirou seu sapato e o deu ao outro (Rt 4:7-8). O profeta Amós fala que o povo de Deus tinha se tornado tão corrupto que os juízes aceitavam suborno até de um simples par de sandálias para julgar uma causa em prejuízo de um pobre (2:6).

Quando Jesus enviou os setenta a pregar, disse-lhes que não le­vassem muitos pertences, já que teriam de deslocar-se com agili­dade. Carregar um par de sapatos a mais, só serviria para estorvá-los (Mt 10:10; Lc 10:4). Bastavam-lhes aqueles com que estavam calça­dos.

O uso de sandálias, naturalmente, trouxe consigo a prática do la­va-pés. Abraão ofereceu a prestação desse serviço a Deus, quando este apareceu em sua tenda (Gn 18:4). E esse ato parece ter um duplo sen­tido em toda a Bíblia. Em primeiro lugar, lavavam-se os pés de uma pessoa que chegava à casa de outrem como sinal de hospitalidade e um gesto de cortesia, já que era a melhor coisa que se poderia fazer a uma pessoa que estivesse com os pés sujos e doloridos. Mas, em alguns casos, o ato de lavar pés não teve nada que ver com cuidados físicos; era mais um gesto de respeito e reverência.

No caso da mulher que lavou os pés de Jesus na casa do fariseu, por exemplo, parece que seu principal objetivo era prestar uma ho­menagem ao Senhor (Lc 7:38). Quando Abigail se dispõe a fazer o mesmo por Davi (1 Sm 25:41), talvez seu gesto visasse ambas as fi­nalidades, o mesmo se dando com as viúvas da igreja primitiva que lavavam os pés dos santos (1 Tm 5:10). E quando Jesus lavou os pés dos discípulos, estava dando uma lição de humildade e respeito, em­bora eles de fato estivessem com os pés sujos (Jo 13:4-10).

Roupas de Mulheres
Não temos feito muita referência às roupas usadas pelas mulheres. Isso se deve principalmente ao fato de que não havia muita diferença entre as roupas masculinas e femininas. Uma das principais dis­tinções era que as mulheres usavam véu, e talvez algumas roupas de cores mais vistosas. Pelo que vemos por algumas ilustrações, parece que algumas mulheres usavam sandálias de confecção um pouco mais fina. As mulheres também usavam cinco peças de vestuário, co­mo os homens. E apesar das diferenças entre as vestes masculinas e femininas serem muito pequenas, elas existiam de fato. Pela lei de Moi­sés, era proibido que alguém vestisse as roupas do sexo oposto (Dt 22.5).

Tipos e Cores de Tecidos
Os tecidos utilizados na confecção de roupas eram de dois tipos principais: animal e vegetal. Os do reino animal eram tecidos feitos de lã de carneiro e pêlos de cabras. Utilizavam-se também outros ti­pos de couro e pêlos de camelo. A seda também já era conhecida, mas como era importada do extremo Oriente, tinha preço muito ele­vado, e só os mais ricos podiam adquiri-la.

Entre os têxteis, o mais utilizado era o linho. Só após o exílio ba­bilônico foi que o algodão começou a chegar à Palestina, mas em pe­quenas quantidades.

Eles podiam usar roupas coloridas pois já conheciam o fabrico de muitas tinturas. O carmim, por exemplo, era extraído de insetos; o rosa, de romás; o amarelo do açafrão; para citar apenas alguns. A pro­dução de tecidos tingidos se desenvolveu bastante, tornando-se uma grande indústria. Os arqueólogos têm encontrado grandes co­leções de tonéis que comprovam esse fato. Na maior parte dos casos, eles tingiam primeiro os fios, que depois então eram tecidos.

Lídia, uma mulher que morava em Filipos, e foi uma das primei­ras pessoas que se converteram ao cristianismo (At 16:11-15), era ven­dedora de roupas de púrpura. 0 nome dela significava "mulher da ci­dade de Lídia". Essa região era notável pela sua produção de tinta roxa, extraída de um molusco muito encontrado nas imediações do Mediterrâneo.

Alguns tintureiros costumavam pendurar fios de linha nas ore­lhas para se identificar: azul ou vermelho numa orelha, e talvez verde ou branco na outra.

Outra pessoa muito e conhecida no cristianismo primitivo pela con­fecção de roupas foi Dorcas (At 9:36-41). Era muito habilidosa no tra­balho do tear, e usou seu talento para fazer roupas para os pobres.

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