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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Evangelista chinesa relata fome, trabalho escravo e tortura por se recusar a negar a Jesus

A evangelista sino-americana Sarah Liu relatou suas experiências de tortura por ter se arriscado a compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo em seu país natal, a China.

Durante um congresso organizado pela Baylor University, a maior universidade batista do mundo, Liu revelou que passou fome, sofreu espancamentos, suportou tortura com choques e ainda exerceu trabalho escravo em uma prisão chinesa, a título de “reeducação” por causa de sua recusa em negar a Jesus.

Liu contou que se converteu em 1991 depois de ouvir a mensagem através de missionários, e em 2005, mudou-se para os Estados Unidos e tornou-se cidadã norte-americana.

Em uma de suas viagens pela China, foi acusada de “perturbar a ordem social” com suas ações evangelísticas, e mantida presa por dois meses.

“A polícia me levou para uma delegacia e perguntaram um monte de informações sobre o meu pastor e os meus amigos […] E eles me sugeriram negar a Jesus Cristo. [Eu disse:] ‘Eu não quero fazer isso’. Então, eles me bateram e eles usaram um bastão eléctrico, que pode ferir seu corpo e queimar a sua pele”, afirmou Liu, durante seu depoimento no evento.

As torturas, segundo a evangelista, eram impiedosas: “Eles colocavam os bastões elétricos na minha cabeça, meu corpo, em todos os lugares. Colocaram nas minhas mãos. É doloroso. Eu estava gritando. Então eles colocaram a batuta na minha boca, por isso toda a minha boca ficou muito machucada, e eu não podia beber, não podia comer e não poderia falar. E eles ainda cobravam informações”.

Liu disse à plateia que ela nunca teve um julgamento adequado ou processo legal antes de ser condenada a três anos em campos de trabalho: “Eu estava apontada por causa da minha fé. Eu estava condenada ao campo de trabalho das mulheres. Eu estava sempre destacada. Um dia, na hora do almoço, eu estava na fila para pegar minha refeição e quando chegou a minha vez de pegar comida, eles me perguntaram: ‘Você ainda acredita em Jesus?’. Eu disse, ‘Sim’. Então eles me dizem para ficar de frente à parede. Depois que todas as presas terminaram seu almoço, em seguida, eles me ordenaram a ir com elas trabalhar. Quando chegou a hora do jantar, eu estava na fila para conseguir comida e era a minha vez, eles voltaram a fazer a mesma pergunta… Meu corpo estava faminto, mas eu [não] queria desistir de Jesus. Foi-me dito para ficar na parede toda a noite e pela manhã, continuar a trabalhar de novo”, relatou.

Depois de ser libertada do campo de trabalho, Liu foi presa novamente em 2001 no dia de seu aniversário e acusada de “crime contra o Estado”. De acordo com informações do Christian Post, a evangelista e seus colegas de trabalho conseguiram vencer a batalha judicial com a ajuda de advogados de Pequim. No entanto, ela foi sequestrada pela polícia local após a decisão e submetida a mais três anos no campo de trabalho das mulheres.

“Eu estava na prisão trabalhando na fabricação de luzes de Natal e fones de ouvido enviados para os americanos e diferentes países. Eu tinha uma relação com outros prisioneiros e queria compartilhar Evangelho com eles. Meu objetivo era compartilhar Evangelho com as pessoas, mesmo na prisão. Eu pedi à minha mãe que escondesse um livro espiritual muito pequeno para me entregar na visita, para que eu pudesse compartilhar com um prisioneiro. Quando ela estava lendo o livro, e os guardas encontraram, eles imediatamente me disseram: ‘Sarah, eu vou adicionar uma pena ao seu tempo de prisão porque você ainda faz mesma coisa e você não se arrependeu’”, contou a evangelista. “Mas para mim, eu queria apenas continuar a grande comissão de Deus para falar do Evangelho”, concluiu.

GNoticias

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Pesquisa mostra que 56% dos jogadores de Bahia e Vitória são evangélicos; Nenhum é umbandista

O futebol no Brasil, cada vez mais, é disputado por atletas que mantém fortes vínculos com a religião, expressando sua fé nas comemorações de gols, conquistas de fases em competições e títulos.


O jornal Correio, da Bahia, fez um levantamento entre os jogadores do Bahia e do Vitória, os principais clubes do estado e maiores rivais da região, e descobriu que a maioria são evangélicos.

O levantamento ouviu 64 jogadores, e 56,2% se definiram como evangélicos; 29,7% são católicos; 1,6% adventista; 1,6% espírita; e 10,9% sem religião.

Do grupo entrevistado, 100% disse acreditar em Deus e 98,4% atribuem a Ele seu sucesso na profissão: “No futebol a fé está sempre presente, não tem como separar as duas coisas. É como um combustível que ajuda a passar por toda dificuldade e cobrança. Ter a certeza que Deus está junto é não se sentir sozinho”, disse Pedro Ken, 28 anos, espírita e jogador do Vitória.

Para o goleiro Fernando Miguel, 30 anos, evangélico, jogar em um grande clube como o Vitória exige muito de um atleta, e a fé ajuda a superar dificuldades: “É muita pressão que envolve a carreira de um jogador. Você é julgado a todo momento, a responsabilidade é grande. Na hora que as coisas acontecem, a gente não tem dúvida que teve também a ajuda de Deus”.

Para o pesquisador Clodoaldo Leme, mestre em Ciências da Religião e doutor em Psicologia Social, a fé tem um espaço considerável na vida dos jogadores porque a profissão é muito instável, e a ascensão, difícil: “Para chegar ao futebol profissional, ele tem que abrir mão de tudo e viver sob pressão da família, do técnico, da torcida. Nesse risco permanente, a religião acaba sendo uma ferramenta para canalizar as energias […] Quanto maior o risco envolvido, maior a abertura para manifestação religiosa”.

Uma demonstração do argumento de Leme é a história de Ávine, 27 anos, lateral-esquerdo do Bahia. Ele sofreu uma lesão gravíssima no joelho em 2012, e decidiu aceitar a Jesus Cristo. Após quase três anos de recuperação, voltou a jogar em julho.

“Minha vida profissional mudou. Hoje eu sou um cara centrado, não vou mais pra balada, não bebo”, diz o atleta, que foi desenganado pelos médicos: “Creio que se não estivesse no caminho que estou, já tinha largado [o futebol]. A medicina dizia que não tinha mais jeito, mas busquei força em Deus e nunca tive dúvida de que um dia voltaria”, contou.


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