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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

A FLOR DE FARINHA


Existem diferentes tipos de farinha à venda, cada qual adequada a um tipo de alimento a ser preparado. Da mais grossa para a mais fina e pura, são elas:

T150 (Farinha Integral) – utilizada na confecção de pães integrais, resultando num pão pesado e compacto;

T80 (Farinha Semi-Integral) – utilizada na confecção de pães semi-integrais;

T65 (Farinha Fina) – é a mais adequada para a confecção do pão, embora também possa ser utilizada na confecção de bolos, tartes, pastéis, empadas e massas lêvedas;

T55 (Farinha Superfina) – é adequada para a confecção de bolos, tartes e pasteis, podendo também ser utilizada na confecção de massas lêvedas; e

T45 (Farinha Flor) – é a mais refinada e branca, sendo adequada para a confecção de massas muito leves e fofas, como o pão de ló ou tortas.

No Velho Testamento, essa classificação não diferia muito da que temos hoje. Nos tempos antigos, o trigo não era processado em moinhos, mas socado em um pilão, o que resultava em uma mistura com muito farelo. A flor de farinha era a denominação dada ao trigo passado em peneira muito fina, resultando numa farinha semelhante a que usamos hoje. É a farinha mais refinada e branca que existe. É um trigo bem moído. É a flor da farinha ou trigo candeal, (espécie da melhor entre os trigos de farinha branca) que corresponde ao latim simola .(sêmola).

Já em Genesis, Abraão pede a Sara que prepare bolos de flor de farinha para os anjos que o visitaram (Gen. 18:6). Após isso, recebeu deles a bênção profética de que Sara seria mãe.

Nos livros da Lei, instituiu-se que, para perdão dos pecados, a oferta a ser apresentada ao Senhor por um líder devia ser um bode, e, por uma pessoa comum, devia ser uma cabra ou uma ovelha. Se a pessoa fosse pobre, poderiam ser ofertados pombos ou rolinhas, porém, se a pessoa fosse muito pobre, a oferta poderia ser flor de farinha. Dar a flor de farinha como sacrifício no templo indicava que uma pessoa de pouquíssimas posses estava dando o melhor para Deus, que exigia algum esforço seu.

A oferta da flor de farinha é o símbolo de nosso serviço dedicado de todo o coração a Deus. Dar como sacrifício no templo a for de farinha, indicava que se estava dando o melhor para Deus.

A flor de farinha, ou farinha fina, é o produto da cooperação entre Deus e os homens. Deus coloca o princípio de vida na semente, dá sol e chuva, e a faz crescer. O homem semeia a semente, cuida, colhe, mói para fazer farinha, e logo apresenta esta farinha ante o Senhor, ou a prepara em bolos cozidos ao forno. É a soma do dom original de Deus mais o trabalho do homem. É símbolo da obra da vida do homem, de talentos aperfeiçoados. Deus dá a cada homem talentos segundo a capacidade que tenha para empregá-los. Alguns têm vários talentos; ninguém carece totalmente deles. Deus não se compraz quando os homens só lhe devolvem a quantidade de semente que lhes foi confiada. Deus quer que os homens semeiem a semente, cuidem, colham, limpem de toda impureza, a moam entre as duas pedras do moinho, tirando dela toda a vida mediante a trituração, e logo a apresente como flor de farinha. Deus espera que cada talento seja melhorado, refinado e enobrecido. A flor de farinha, o principal elemento da oferta de manjares, representa a humanidade de Cristo que é refinada, perfeita, suave, equilibrada e correta em todas as maneiras, sem excesso nem deficiência; isso representa a beleza e a excelência do viver humano e do andar diário de Cristo. A flor da farinha fala da uniformidade e equilíbrio do caráter de Cristo, da perfeição onde nenhuma qualidade é excessiva ou ausente. Para Cristo ser um sacrifício perfeito para Deus, Ele precisou viver uma vida perfeita e sem pecado. A flor de farinha é uma figura da vida pura e uniforme de nosso bendito Senhor. O sacerdote podia tomar um punhado da farinha, derramar azeite e incenso sobre ela, e então queimá-la sobre o altar.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018