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quarta-feira, 30 de junho de 2010

O EVANGELHO É PODER DE DEUS...


Um missionário em Manágua, capital da Nicarágua, narra em uma de suas cartas o seguinte:
"Espero, dentro em breve, ter a oportunidade de oferecer-lhe um Novo Testamento em espanhol, que, embora rasgado e com falta de muitas folhas, tem cumprido uma gloriosa missão. Há tempos, foi Ele oferecido a uma família aqui em Manágua, mas, depois, lançado no lixo.

A capa vermelha do livro chamou a atenção de uma menina que o apanhou e levou para sua casa. [...] O pai, um beberrão infeliz que, quando embriagado, era um terror para toda a população, viu casualmente o Livro e, sem saber por quê, mostrou-se interessado em lê-lo e mandou a esposa guardá-lo.

Dia após dia, o homem lia o Novo Testamento. Ficou tão impressionado com o que leu, que convidou um colega — beberrão e violento como ele — para juntos lerem o Livro. A Palavra de Deus mostrou Seu poder transformador no coração deles. [...] Desses dois convertidos, o primeiro dirige a obra evangélica local. [...] A conversão deles foi o início da obra do Espírito Santo em toda essa comarca. Antes não havia ali nenhum cristão. Agora, diversas pessoas foram batizadas, [...] fruto daquele pequeno Novo Testamento, uma prova viva do poder da Palavra de Deus."

O Testemunho de um Rei - Do precioso livro "Em cada terra uma bandeira" (p. 68, Casa Publicadora Batista), transcrevo a carta que Kaumualii, rei da ilha Kauai, dirigiu ao Secretário da junta Americana de Missões, agradecendo a Bíblia que alguns missionários norte-americanos lhe haviam ofertado. Essa carta data de 1821 e foi escrita pelo próprio rei, após ter aprendido um pouco da língua inglesa com os missionários:
"Caros amigos,
Desejo escrever-vos algumas linhas a fim de agradecer-vos o Livro que tão bondosamente me mandastes. Creio que é um Livro excelente, que Deus nos deu para ler. Espero que, em breve, o meu povo o leia assim como todos os bons livros. Agora, acredito que os meus ídolos nada valem, e que o vosso Deus é o único Deus verdadeiro, o Deus que criou todas as coisas. Os meus ídolos, atirei-os para longe [...]
Quando a vossa boa gente me ensina, louvo a Deus. Sinto prazer em que venhais ajudar-nos — nada sabemos. Agradeço-vos terdes proporcionado ensino ao meu filho. Agradeço a todo o povo da América.
Aceitai isso do vosso amigo, Rei Kaumualii."
Como é gloriosa a Bíblia, e como Deus, por meio Dela, opera em Suas criaturas a Sua boa, agradável e perfeita Vontade! Somente a Bíblia revela ao homem o insondável Amor de Deus e fala mansamente ao seu coração acerca do porvir e da necessidade de preparar-se para ele. Somente a Palavra de Deus descortina o glorioso caminho que conduz à felicidade presente e futura.

O Último Roubo - O tribunal da cidade de Saltinho, no México, foi, certo dia, agitado pela presença de um homem que queria falar ao juiz alguma coisa séria e urgente. Quando apareceu, o estranho foi logo dizendo:
— Aqui estou como prisioneiro. Aqui, estou para pagar minhas culpas. Vim dar minha satisfação à sociedade, a quem tanto mal eu fiz.
— Mas, quem é você? — indagou o magistrado.
— Sou Juan Chaves, o facínora que todos perseguiam.
Estremeceu o juiz, ao ouvir o nome do temido marginal e, preocupado, perguntou:
— Por que você está apresentando-se à justiça, como prisioneiro, como réu confesso?
Tirando do bolso um exemplar da Bíblia, disse o criminoso serenamente:
— Este Livro me trouxe aqui. Trouxe-me de volta, a fim de que eu possa pagar minha dívida para com a sociedade, exatamente como meu Senhor e Salvador Jesus Cristo pagou todas as minhas dívidas perante Deus.

Aquele bandido, em sua carreira criminosa, pontilhada de assaltos e roubos, um dia, ao assaltar uma residência, levara a Bíblia dentre outros objetos. Como a polícia o procurava persistentemente, o criminoso refugiara-se em uma caverna, onde, não tendo o que fazer, começou a ler o precioso volume, que lhe revelou os seus pecados e o conduziu ao Senhor Jesus Cristo.

Folhas Esparsas - Em Paris, uma senhora recebeu, sem saber, um exemplar do Evangelho das mãos de um colportor (vendedor ambulante de mercadorias em domicílio) de Bíblias. Quando, porém, começou a lê-lo e percebeu que era obra evangélica, rasgou-o, cheia de ira, em quantos pedaços pôde e jogou-os na rua.

Outra senhora, pobre, profundamente triste e desalentada, que passava por uma grande tribulação, vendo um dos pedaços na calçada, apanhou-o e começou a lê-lo: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma" (Mt 11.28,29), e não pôde ir adiante. Muito emocionada, quis saber que Livro continha o resto daquelas Palavras.

Vendo um policial, perguntou-lhe: "O senhor pode dizer-me qual é o Livro que contém estas Palavras e onde poderei adquiri-lo?" O policial, depois de ler o pedaço de papel, disse que continha uma parte da Bíblia e deu-lhe um endereço onde poderia conseguir o Livro todo.

Dirigindo-se imediatamente ao local indicado, a senhora mostrou o pedaço de papel à pessoa que atendia no estabelecimento, comprou a Bíblia e começou a lê-la. Sua tristeza transformou-se em alegria, e aquela mulher tornou-se nova criatura em Cristo Jesus. Logo depois, começou a freqüentar uma igreja evangélica e foi batizada.

Experiência igualmente impressionante ocorreu na cidade mexicana de Merida, na província de Yucatan. Um rapaz apanhou no lixo um velho Livro sem capa, bastante desfolhado, viajou para Teya, a vila onde morava, e começou a falar a outras pessoas sobre as histórias e os ensinamentos daquele Livro.

Pouco tempo depois, quando já havia uma congregação, dois missionários realizaram ali um culto e fizeram um apelo. Ao todo, 60 pessoas, inclusive o prefeito da cidade, foram à frente, recebendo Jesus como Salvador. Tudo graças àquela Bíblia achada pelo rapaz!
Em um hospital norte-americano na Turquia, deram uma Bíblia a um enfermo, e este, ao receber alta, levou-a para sua casa, que ficava em uma pequena vila, na Armênia. Porém, um sacerdote viu o Livro na mão do moço e arrebatou-o violentamente, passando em seguida a rasgá-lo e a espalhar suas folhas pela rua.

Um pequeno comerciante, vendo as páginas, ajuntou-as e levou-as para a sua mercearia. Com elas, embrulhou algumas azeitonas, uma vela, um pedaço de queijo etc. Com isso, os fregueses levaram para suas casas folhas esparsas da Bíblia. Leram o que nelas estava escrito e ficaram interessados no assunto, querendo saber mais a respeito do Livro. 

Procuraram o vendeiro, mas ele nada sabia sobre Bíblia. As folhas foram guardadas e lidas muitas vezes. Algum tempo depois, um missionário colportor chegou a essa vila e ficou admirado ao saber que cem pessoas queriam a Bíblia ou porções dela! As folhas espalhadas tinham proclamado a Gloriosa Mensagem do Evangelho.

O filósofo Emmanuel Kant (1724-1804), autor de "A crítica da razão pura", escreveu certa vez: "A existência da Bíblia como um Livro para o povo é o maior benefício que a humanidade tem experimentado. Qualquer atentado para destruir este Livro é um crime contra a humanidade."
Kant tinha toda razão.

Autor: Abraão de Almeida (Pastor da Igreja Evangélica Brasileira em Coconut Creek, Flórida, EUA, e autor de mais de 30 livros em português e espanhol)

Um comentário:

  1. Sem querer rejeitar todo o texto, quero apenas acrescentar que o mesmo Kant que teceu este elogiosos comentários sobre a Bíblia foi um agnóstico quanto a fé, e pai do Criticismo, que deu o golpe de morte na metafísica.
    O texto é muito bom.
    O Senhor seja contigo!

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