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terça-feira, 6 de outubro de 2009

A IGREJA ANDANDO NO ESPIRITO (Gálatas 6:1-5)

Não sei exatamente como será a avaliação que Deus fará de mim e da igreja quando estivermos com Ele. Mas imagino que você e eu seremos questionados por Ele: O que você fizeram com a igreja no século XX? O que vocês fizeram com a igreja no fim do segundo milênio e início do terceiro. - O que deveremos dizer--- O desafio meus diletos é: Paulo mostra três ATITUDES praticas

1. Recupera os faltosos v. 1-2

Uma primeira coisa que devemos aprender do texto é que temos pessoas que "estão em falta", temos "aqueles que sabem que pessoas estão em falta" " o faltoso deve entender que quebrou as "regras do jogo" e que precisa ser recuperado e aceitar as "regras do jogo" "se um chegar a ser surpreendido" gr. Ser pego antes de poder escapar. Detectar. Ser pego em flagrante numa falta, numa transgressão.

Originalmente dá a idéia de sair fora do caminho, isto fica mais claro pois Paulo está falando do "andar no Espírito" tradução jotaemica: "se alguém for surpreendido não andando no Espírito"
Paulo orienta o que fazer "Vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão". Isto é exclusão? Não isto é correção!!!

Corrigi (Gr. Katartizete) Equipar, consertar, aperfeiçoar. Consertar as redes. Não é um ato, mas um procedimento persistente. É limpar as redes, remendá-las e deixá-las prontas para o serviço novamente. Mas como aplicar estes significados na vida prática?

1.1. Restaurar, corrigir Aqui é usado especialmente um termo cirúrgico - mas não para fazer uma cirugia - que dá a idéia de colocar um osso ou uma junta em posição correta - Restaurar a condição anterior da "saída do caminho"

1.2. Paulo esta nos dizendo que a demonstração de espiritualidade está no quanto nós recuperamos pessoas e não quanto excluímos, ou quanto afastamos, ou quantos abandonamos

1.3. O zelo guardião da vida cristã deve ser aplicado muito mais no "conserto de vidas e não da eliminação, no afastamento das vidas". Ainda Paulo acrescenta que este "conserto de redes" deve ser feito com:

CARINHO: Espírito de Mansidão

CUIDADO: "olha por ti mesmo, para que também tu não sejas tentado".

AVALIAÇÂO: (Gr.skoppeo) significa uma consideração firme, como contemplar o alvo antes de dar o tiro.

Nesta recuperação é que podemos entender o texto do versículo 2 (Gl 6:2) "Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo." Quando examinamos o texto na sua língua original vemos que o termo grego "baros" dá a idéia de carga, de peso, opressão. A prova de
amor é sentir o peso que o outro carrega por causa da sua própria falta, por falta de equipamento, de conserto.

O ensino deste texto é mostrar que nós temos cargas e que Deus não pretende que carreguemos sozinhos. Há pessoas que acham que devem carregar sozinhos todos os seus pesares, pare eles isto é sinal de maturidade, de fortaleça, para a Bíblia isto é estultice, para não dizer burrice, pecado, transgressão, é falta. Pois Deus manda que "carreguemos as cargas uns dos outros". Deus usa os cristãos para enviar o consolo divino.

2CO 7:6: "Mas Deus, que consola os abatidos, nos consolou com a vinda de Tito."

2CO 7:7: "E não somente com a sua vinda, mas também pela consolação com que foi consolado por vós, constando-nos as vossas saudades, o vosso choro, o vosso zelo por mim, de maneira que muito me regozijei."

2CO 1:3: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação;"

2CO 1:4: "Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus."

No Novo Testamento não existe a palavra nem a idéia de exclusão sem a primeira opção de restauração. A igreja precisa viver a compaixão com os arrependidos e juízo com aqueles que mascaram a sua santidade e brincam com o amor de Deus.

2. Evita as comparações, v. 3-4

Agora Paulo apresenta um problema que não somente pertencia a igreja do primeiro século mas existe ate hoje - COMPARAÇÃO - Este versículo é um eco do texto 5:26, As comparações podem ser feitas a dois níveis: caráter ou serviços/ministério.

Gl 5:26: "Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros." Aliás esta é a continuação do parágrafo que teve inicio no capitulo 5, que é "andar no Espírito". Quem anda no Espírito não exerce uma vida cristã de comparações.

Ligado a questão anterior de restaurar, Paulo argumenta dizendo que todos somos iguais, e ninguém é superior a ninguém e ainda temos que pensar que Deus nos acolheu como iguais: pecadores, pela fé, separados de Deus, digno do inferno, culpados, perdidos, "mortos em vossos delitos e pecados" - fedendo

Ilustração: Verificar a Parábola dos trabalhadores na vinha:Mt:21 - Deus os tratou iguais . O que temos é privilégio e não méritos. Na Parábola temos 3 advertência:

*Não se considere superior por algum sucesso
*Não pense que a graça é da sua exclusividade
*Não inveje as bênçãos dos outros

Também Paulo enfatiza que a glória deve ser sempre baseada no serviço provado, e não em outrem. A idéia é que o ser humano sempre procura aqueles que é indicado pela visão não cristã do "pior para se comparar" . Idéias como: "Eu não peco como fulano", "meu trabalho é melhor do que..." "Ninguém faz melhor do que eu" "Senão for feito assim eu não participo e não vejo graça alguma..."

Paulo afirma que não devemos fazer comparações com os outros: "Mas prove cada um a sua própria obra" . A idéia na língua original de provar é ver se o metal era puro. Você conhece a história de Jefté (Jz:11-12).

Provar exige responsabilidade, seriedade, honestidade. O melhor padrão para provar o nosso serviço não é aquele que é chamado de um "cristão coitadinho", mesmo porque não existe, mas a comparação se ela existir, é a pessoa, obra, ministério de Jesus. O exame é uma responsabilidade individual e não existe nenhum examinador oficial chamado por Deus ou que tenha como função de "examinador de obras" - Inspetores de qualidade é um serviço que não existe no Reino de Deus.

Versículo 3: "Se alguém pensa que é importante quando de fato não é esta enganando a si mesmo" Deus não nega a fama ou estrelato, o texto dá a entender isto. Deus rejeita a desonestidade na avaliação pessoal.

A idéia é: esta enchendo a sua cabeça com fantasias, está vivendo nas nuvens. Chama-se esquizofrenia cristã - vive em dois mundos.

Ilustração a Parábola dos convidados Lucas 14:7-14

Jr 9:23-24: "Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR."

3. Composta de responsabilidade por si mesmo v. 5

A primeira vista parece uma contradição com o primeiro ponto "Recuperar os faltosos" que afirma levar as cargas uns dos outros. Mas não é (Cf. v. 2 )

O que temos neste versículo é um tipo de carga diferente. No versículo 2 é cargas (gr. Barós) no v. 5 é fardo (Gr. Phortion) A diferença é simples porem importante. No primeiro caso é um peso esmagador que inesperadamente se impõe sobre a respectiva pessoa e está completamente fora de controle. Lembre-se que Paulo esta tratando a respeito de alguém ser "surpreendido" com "uma carga" que o levou fora de controle, do caminho, do "andar no Espírito"

Ilustração: quando tinha 15 a 16 anos descarregava caminhões com sacos de 80 Kg. As vezes chegava ate 100, mas passando dos 80 eu cambaleava que podia ate cair.- É este tipo de carga no primeiro versículo - carga surpresa. Peso além do esperado.

No versículo 5 é o fardo geral que todos devem carregar, é como um escoteiro equipado com o mínimo necessário, é a responsabilidade natural que cada um tem de si mesmo. Assim temos que somente aqueles que conhecem a medida das suas próprias forças (fardos) estão qualificados para compartilhar as cargas dos outros. Esta é a simpatia humana. O soberbo não compartilha nem compartilham com ele os fardo, muito menos as cargas apontados no v. 5.

Você já meditou seriamente no seguinte texto..
Tg 5:16: "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos."

A idéia de responsabilidade de si mesmo está direcionada em conhecer nossas limitações, da nossa tendência pecaminosa, da enfermidade da nossa carne, das conseqüências dos nossos erros. Somente podemos carregar as cargas dos outros quando somos responsáveis por nós mesmos pois conhecemos nossos limites ou o nosso fardo.

Que é responsavel por si conhece os seus limite e podera estar apto para carregar as cargas dos outros. O caminho para ajudar a carregar as cargas dos outros é a responsabilidade por si mesmos. Seja responsável dos votos do seu batismo, da sua declaração de fé. etc.


Conclusão

A resposta que deveremos dar para Deus quando Ele nos pergunte o que fizemos com e na igreja deverá ser: Recuperamos faltosos Evitamos as comparações Fomos responsáveis de nós mesmos. É claro e evidente que estas respostas não no darão a salvação ou a entrada na presença eterna com Deus, mas com certeza alegrará o coração de Deus e a sua palavra será :Bom servo fiel. Que Deus nos assista e dirija.

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