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quinta-feira, 6 de março de 2014

O BOM PASTOR NÃO DESISTE (Lucas 15.11-32)

Louis Pasteur, o famoso microbiologista francês que descobriu que a maioria das doenças é causada por germes, dedicou-se à busca do conhecimento. Cria, entretanto, na existência de valores espirituais que transcendem a ciência.

Em 1849, Pasteur casou-se com Marie Laurent, uma de suas assistentes de laboratório. Tiveram cinco filhos. Três morreram na infância. Dezenove anos mais tarde, ele sofreu uma lesão vascular cerebral por excesso de trabalho e ficou parcialmente paralisado.

Quando estourou a guerra franco-prussiana em 1870, o único filho de Pasteur, Jean Batiste, foi convocado para servir seu país e envolveu-se na catastrófica derrota do exército francês em Metz.

Depois de semanas sem receber notícias do rapaz, Pasteur deixou seu agora famoso laboratório em Paris e foi procurá-lo. A despeito de sua paralisia parcial, Pasteur seguiu mancando na direção norte à procura do filho. As estradas estavam congestionadas com soldados derrotados e errantes.

A jornada foi árdua, mas depois de muitas perguntas Pasteur localizou a unidade de seu filho.

Um oficial contou-lhe então a desanimadora notícia: de um grupamento original de 1.200 homens, menos de 300 haviam sobrevivido.

Mas Pasteur não desistiu. Continuou avançando por estradas cheias de cavalos mortos e homens sofrendo de frio enregelante e gangrena. Chegou finalmente ao local onde um soldado estava enrolado até os olhos num sobretudo pesado; mal podia ser reconhecido em seu estado de definhamento. Era Jean Batiste! Pai e filho, comovidos demais para falar, abraçaram-se em silêncio.

Situação em que perdemos a imagem e semelhança de Deus:

1-Quando deixamos o Pai:

Dizem que quando um pai pega um filho para criar, a convivência da família faz a criança ficar parecida com eles. E assim é nossa vida com Jesus:se estamos com Jesus 24h por dia ficaremos parecidos com Ele, mas se nos afastarmos, as características do velho homem é que vão prevalecer.

Na guerra entre as forças do bem e do mal, muitos filhos já sofreram derrotas catastróficas nas mãos do inimigo das almas. E muitos, como o filho de Pasteur, mal podem ser reconhecidos por causa dos estragos do pecado.

O filho pródigo, por exemplo, devia estar irreconhecível. Passou por muitos momentos de dificuldade. Primeiro saiu de casa e começou a viver dissolutamente, que significa viver uma vida devassa, libertina. Gastou toda a sua herança com prostitutas, amigos e de repente viu-se sozinho.Os amigos que estavam ao redor dele por interesse já não estavam mais. E é assim que você muitas vezes se sente: abandonado.

Alguns cristãos professos, até mesmo pais, talvez creiam que esses filhos errantes se encontrem “além da esperança”. “Pode uma mulher esquecer-se de seu filho de peito, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15). O Bom Pastor e os pais fiéis nunca se esquecerão, mesmo que por vezes tenham de administrar um amor severo.

Se um homem tiver cem ovelhas, e uma se desviar e se perder, que fará ele? Não deixará as outras noventa e nove, e sairá pelos montes em busca da perdida (Mt18.12)

O filho até deixa o pai, mas o Pai sempre estará esperando o filho voltar.

2-Quando nos deixamos alimentar pelo Inimigo:

Hoje ainda há muita fome, mas a pior de todas elas é a fome espiritual, aquela que você tenta preencher o vazio com tantas coisas erradas, como o filho perdido tentou. Agora ele estava sozinho e vazio.

Sozinho não, rodeado de porcos e disputando comida com eles. “Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Am 8.11).

A Palavra de Deus deixa claro que o Senhor tem o melhor para cada um de nós. “Se quiserdes, e me ouvirdes, [comereis] o melhor desta terra.” (Is 1.19)

Muitas vezes ficamos longe de Deus e nos metemos em situações tão difíceis que acabamos nos alimentando daquilo que Satanás oferece. Nossas deformações são alimentadas a tal ponto que é impossível alguém reconhecer em você aquela pessoa convertida, no primeiro amor diante de Deus.

Quando você, através de suas escolhas vê-se neste tipo de situação, a esperança já foi embora há muito tempo e um abismo acaba chamando o outro. Com o seu coração deformado sua carne vai imperar e suas atitudes acabam levando você para o fundo do poço. A árvore se conhece pelos frutos. Que tipo de árvore você tem sido?

Hoje é dia de você se alimentar do Pão descido dos céus, do Pão da vida que é o próprio Jesus.

3-Quando vivemos querendo andar com as bênçãos de Deus e não com o Deus das bênçãos:

Ao analisarmos o capítulo 15 do evangelho de Lucas, Jesus está se referindo à ovelha perdida e ao dinheiro perdido. Agora ele faz referência a algo muito profundo que é quando o homem perde-se dentro de si mesmo, dentro do seu egoísmo, do seu eu.

(Mt 6.36) “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua [justiça], e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

A maioria das pessoas deixa imperar em seu coração os sentimentos do ego, esquecendo-se que a Palavra diz ao contrário: “Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração.”

4-Quando não esperamos a hora de Deus:

A herança um dia seria daquele moço, mas ele não soube desfrutar o tempo de Deus. Queria que as coisas acontecessem do jeito dele, na hora dele.

Abrão quando agiu precipitadamente e deitou-se com a serva de Sara para que a descendência prometida por Deus acontecesse acabou tendo Ismael, que proliferou um povo inimigo do povo de Deus.

Quando nos precipitamos agimos conforme nossa carne deformada deseja, mas quando esperamos no Senhor Ele abre as portas no momento certo e na hora Dele. “ E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita [vontade] de Deus.” (Rm 12.12)

Conclusão:

Só voltaremos a ter a imagem e semelhança de Deus quando estivermos com nossa vida no altar e pudermos declarar:”Já não vivo mais eu, mas Cristo vive em mim.”

c.v.c.

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