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sábado, 30 de novembro de 2019

PEDRO VALDO

Antes da Reforma, alguns grupos de cristãos se opuseram ao caminho que a Igreja Católica tomava. Um desses grupos foi o dos valdenses, fundado por um mercador francês que estava descontente com a igreja medieval.

Certo dia, Pedro Valdo ouviu um trovador viajante cantar sobre um jovem rico que deixara sua família, e, anos mais tarde, voltou para casa, mas estava tão malvestido e desnutrido que sua família não conseguiu reconhecê-lo. Somente no leito de morte revelou sua verdadeira identidade. Ele viveu entre os pobres e enfrentou a morte alegremente, feliz por se encontrar com o Deus que sorria para os menos favorecidos.

Profundamente tocado pela história, Valdo agiu rapidamente. Separou uma quantia de dinheiro suficiente para a esposa, colocou as duas filhas em um convento e doou o restante das posses aos pobres. Contratou dois sacerdotes para traduzir a Bíblia para o francês e começou a memorizar longas passagens bíblicas. A seguir, saiu para ensinar sobre Cristo ao povo.

Embora os monges e as freiras pregassem e ensinassem a pobreza e a autonegação — a despeito, muitas vezes, de sua incapacidade de manter esses votos — a igreja via isso como algo que apenas eles precisavam praticar. Poucos esperavam que a pessoa comum vivesse uma vida religiosa profunda.

Valdo e seus seguidores — que chamavam a si mesmos “pobres de Lião” — acreditavam que Jesus queria que seus ensinamentos fossem colocados em prática por todas as pessoas. Saindo de dois em dois, os valdenses visitavam os mercados, falavam com as pessoas e lhes ensinavam o Novo Testamento.

O contraste entre a igreja e esses pregadores ficou bem aparente para o arcebispo de Lião. Ele ordenou que parassem de fazer aquilo. Valdo citou o apóstolo Pedro: “É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens!” (At 5.29). Embora o arcebispo tivesse excomungado Valdo, isso não o impediu nem tampouco o movimento que mantinha seu nome de prosseguir em suas atividades. Os valdenses apelaram ao papa Alexandre. Embora estivesse ocupado com o Concilio de Latrão (1179), aqueles homens — que caminhavam “de dois em dois, descalços, vestidos com, roupas simples, que não possuíam nada e mantinham todas as coisas em comum, como os apóstolos” — impressionaram o papa. Contudo, pelo fato de serem leigos, o papa não podia permitir que pregassem sem a aprovação de um bispo; algo que, dificilmente, conseguiriam.

Fundamentados nas palavras de Atos, dos apóstolos, Valdo e seus seguidores continuaram a pregar e acabaram por ser excomungados pelo papa Lúcio II, em 1184.

Os valdenses não ensinavam heresias, a despeito das afirmações que a igreja fez contra eles. Eram ortodoxos, mas, pelo fato de estarem fora da estrutura da igreja, os seguidores de Valdo não puderam obter a aprovação da hierarquia eclesiástica. Na Idade Média, para os clérigos, qualquer pessoa que estivesse fora da igreja era considerada herege.

Muitos cristãos franceses e italianos, desanimados com a igreja que havia se mundanizado, voltaram-se para os valdenses, que ensinavam o sacerdócio de todos os crentes. Eles rejeitavam as relíquias, as peregrinações e as parafernálias, como a água benta, a vestimenta dos clérigos, os dias santos e outros dias de festa, assim como o purgatório. Para eles, a comunhão não precisaria ser celebrada todos os domingos; os pregadores valdenses falavam diretamente às pessoas e liam a Bíblia para elas em sua língua.

Em 1207, o papa Inocencio se dispôs a receber os valdenses de volta se eles se submetessem às autoridades da Igreja Católica. Muitos retornaram, mas outros não, e, em 1214, o papa os condenou como hereges e pediu sua supressão. A Inquisição fez o melhor que pôde para eliminá-los.

Apesar de tudo isso, os valdenses prosseguiram. Eles se espalharam por toda a Europa. Quando houve a Reforma, foram calorosamente recebidos pela maioria dos protestantes. Hoje em dia, eles se consideram protestantes também. Os valdenses são uma lembrança viva de que, a despeito dos momentos obscuros da história da igreja, novos movimentos para corrigir a direção sempre surgiram dentro dela mesma.

Fonte:A. Kenneth Curtis, J. Stephen Lang, Randy Petersen.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

ISRAEL - A TERRA SANTA - O SOLO SAGRADO.

Uma Historia de desafios e Grandes Conquistas!

INTRODUÇÃO

Quando lemos a Bíblia, deparamo-nos com centenas de nomes de lugares da Terra Santa, onde desenvolveu-se a maravilhosa História da Salvação. Movidos por irreprimível curiosidade, desejamos conhecer tudo isso "in lo­co". Nem sempre, porém, é possível fazê-lo.

- E por que não visitá-los, então, espiritualmente?

Apelemos, pois, à Geografia Bíblica. Nas asas de suas minuciosas e exatas descrições, voemos a Israel. Palmilhemos os lugares percorridos pelos patriarcas, profetas e apóstolos.

I - A HISTÓRIA DE ISRAEL COMEÇA NO CRESCENTE FÉRTIL

O Crescente Fértil, não obstante sua vital importância à História da Salvação, é um insignificante retângulo localizado na Ásia Ocidental. Encerrando uma área de 2.184.000 km , representa apenas a 234ª parte da superfície da Terra. Essa região estende-se em forma semicircular entre o Golfo Pérsico e o Sul da Palestina.

A história dessa região pode ser resumida em uma série de lutas entre os habitantes das serranias e as tribos nômades do deserto. Todos queriam apossar-se dessas fertilíssimas terras. O lado oriental dessas místicas paragens serviu de berço à humanidade e de cenário à primeira civilização. Em suas grandes depressões, ascenderam e caíram os impérios dos amorreus, assírios, caldeus e persas.

No Crescente Fértil, conhecido, também, como Mesopotâmia (literalmente "entre rios"), floresceram duas grandes civilizações: ao norte, a Assíria; ao Sul, a Babilônia ou ('aldeia. Os rios Tigre e Eufrates cercam esse misterioso território, ocupado, atualmente, pelo Iraque. O Jardim do Éden, segundo a narrativa bíblica, localizava-se nas nascentes de ambos os rios.

Foi em Ur dos Caldeus, uma das mais progressistas e desenvolvidas cidades do Crescente Fértil, que teve início a história de Israel. Tudo começou com a chamada de Abraão, o pai do povo escolhido.

II - VAMOS A ISRAEL?

A partir de agora, portanto, voaremos à Terra Santa. Será uma viagem muito interessante. Percorreremos planícies. Visitaremos cidades. Entraremos em Jerusalém, a cidade do Grande Rei. Mergulharemos no rio Jordão. Subiremos aos montes. Enfim, à semelhança dos espias de Josué, reconheceremos o solo sagrado, do qual mana leite e mel.

O solo sagrado por excelência

Uma nação paupérrima territorialmente, assim é Israel, um dos menores países do mundo. Em seu exíguo solo, entretanto, desenrolou-se todo o nosso drama espiritual. Terra mística e abençoada, serviu de berço a patriarcas, profetas, juízes, reis, sábios e justos. Guardada pelo Todo-poderoso, acolheu em seus áridos regaços o Salvador da humanidade.

Não obstante suas acanhadas possessões geográficas. a Terra Santa sempre foi um pomo de discórdia entre os homens. Localizada no centro do globo, torna-se, a cada dia, mais polêmica. Todos preocupamo-nos com o seu futuro. Em seu amanhã, está o nosso porvir!

Com a criação do Estado de Israel, em 1948, a herança abraâmica centrou-se, mais visivelmente, em nossos estudos escatológicos. Divisamos, no renascimento do minúsculo país semita, a aproximação da volta de Cristo.

Vale a pena, portanto, conhecer a geografia das terras pisadas pelo meigo .Jesus. Israel é o solo sagrado por excelência.

I - NOMES DE ISRAEL

Tanto na história sagrada, como na secular, a Terra de Israel recebeu várias designações. Cada nome por ela recebido encerra um drama vivido pelo povo de Deus. Desde a Era Patriarcal até os nossos dias, as mais variadas nomenclaturas têm sido dadas ao território israelita. Para os hebreus, entretanto, o seu sagrado solo nunca deixará de receber esse carinhoso tratamento: Terra Prometida.

1 - Canaã

Após a dispersão da humanidade, ocorrida quando da construção da Torre de Babel, os descendentes de Canaã. filho de Cara e neto de Noé, fixaram-se nas terras que seriam entregues a Abraão. Isso ocorreu há mais de dois mil anos antes de Cristo. Nessas paragens, conhecidas por sua fertilidade e riquezas naturais, os cananeus multiplicaram-se sobremaneira.

Esse país, a partir de então, passou a ser conhecido como Canaã, o mais antigo nome do território israelita. Eis o significado literal desse nome: "habitantes de terras baixas". Tendo em vista essa etimologia, concluímos: os cananeus adoravam as planícies!

Os descendentes de Canaã, depreendemos das Sagradas Escrituras, dominavam do Mediterrâneo ao rio Jordão.

Com o passar dos séculos, Canaã passou a ter uma conotação poética. Lembra esse nome aos judeus, "...uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel" (Ex 3.8).

2 - Terra dos Amorreus

O território que Deus entregou aos judeus era conhecido na antiguidade, também como Terra dos Amorreus. Essa designação é encontrada tanto no Antigo Testamento, como nos escritos profanos. E um dos mais antigos nomes da Terra Santa.

3 - Terra dos Hebreus

De conformidade com a árvore genealógica de Sem, os israelitas são descendentes de Héber. O território judaico, por esse motivo, era conhecido, ainda como Terra dos Hebreus. Nesses rincões, os santos patriarcas forjaram a nacionalidade hebraica e deram corpo e colorido ao seu idioma.

A palavra hebreu, entretanto, segundo alguns exegetas, pode significar, de igual modo, "o que vem do outro lado, ou do além". Trata-se de uma referência à peregrinação abraâmica, de Ur a Canaã. Todavia, preferimos a primeira explicação, por estar mais de acordo com os reclamos da língua hebraica.

4 - Terra de Israel

Sob o comando de Josué, os israelitas tomaram Canaã, no Século XV a.C. A partir de então, passaram as possessões cananeias a ser designadas desta forma: Terra de Israel. Não há nomenclatura tão apropriada como essa! Ela encerra a maioria das promessas divinas a Abraão e compreende a essência das realizações terrestres do Milênio.

Esse é o nome mais comum da Terra Santa. Encontramo-lo, com freqüência, no Antigo Testamento. Constitui-se, ainda, em um perpétuo memorial: Esse território é de propriedade permanente do povo de Israel! Quer os gentios admitam ou não, a terra que mana leite e mel pertence à progênie abraâmica.

Após o cisma do reino salomônico, essa nomenclatura passou a designar, apenas, as terras ocupadas pelas 10 tribos do Norte, comandadas pelo idolatra e profano Jeroboão. Com os exílios, a Terra de Israel torna-se um nome esquecido. Durante mais de dois mil anos, o território israelita recebeu as mais vexatórias alcunhas. No entanto, com a criação do moderno Estado de Israel, todo o escárnio que pesava sobre os descendentes de Jacó foi tirado. Hoje, quando viajamos àquelas sagradas paragens, dizemos embevecidos: "Vou à 'Ferra de Israel."

5 - Terra de Judá

Depois de vencer os cananeus, .Josué passou a dividir a Terra da Promessa. Coube à tribo de Judá. uma herança localizada no Sul dessas inebriantes possessões. O território herdado pelo mais intrépido e bravo filho de Israel ficou conhecido como Terra de .Judá.

Contudo, após o cisma do reino davídico, ocorrido no ano 931 a.C, essa designação passou a incluir, também, as terras ocupadas pela tribo de Benjamim.

Terminado o cativeiro babilônico, em 538 a.C. o povo de Judá retorna à sua herança, sob o comando de Zorobabel. Inspirados pela liderança eficaz de Neemias, pela erudição de Esdras, pelo zelo sacerdotal de -Josué e pelo fervor profético de Ageu e Zacarias, os judeus reorganizam-se nacionalmente.

A partir desse renascimento parcial da soberania hebraica, as possessões abraâmicas passaram a ser designadas como Terra de Judá. E, seus habitantes, conseqüentemente, começaram a ser chamados de judeus.

6 - Terra Prometida

No Século XX a.C, Deus fez a seguinte promessa a Abraão: "Sai-te da tua terra, e da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã" (Gn 12.1-4).

Com essa sublime promessa de Deus a Abraão, o território israelita passou a ser conhecido como Terra Prometida. Esse nome, poético e trágico, evoca as mais elevadas recordações na peregrina alma do povo escolhido. Por causa desse chão de promessas, os israelitas, há mais de dois mil anos longe de seu lar, instalam-se em sua terra e provam estar a bênção abraâmica mais atual do que nunca.

7 - Terra Santa

Zacarias, um dos mais escatológicos profetas do Antigo Testamento, vaticinou: "Exulta, e alegra-te. ó filha de Sião. porque eis que venho, e habitarei no meio de ti. diz o Senhor. E naquele dia, muitas nações se ajuntarão ao Senhor, e serão o meu povo: e habitarei no meio de ti. e saberás que o Senhor dos Exércitos me enviou a ti. Então o Senhor possuirá a Judá como sua porção na terra santa, e ainda escolherá .Jerusalém" (Zc 2.10-12).

Não obstante as guerras, os embates políticos e os conflitos sociais, Israel é conhecido como a Terra Santa. Os judeus veneram-na como o solo de seus antepassados e o terreno de sua milenar esperança. Têm-se os cristãos como o berço do Salvador e o regaço da regeneração da raça humana. Para os árabes, trata-se de um campo etéreo e permeado de mistérios celestiais.

Em pleno alvorecer do Terceiro Milênio, milhares de caravanas judaicas, cristãs e árabes rumam à Terra Santa. Nenhum outro país é tão místico quanto Israel! Visitá-lo constitui-se no sonho de milhões de seres humanos.

8 - Palestina

Israel é conhecido, também, como Palestina. Esse nome é oriundo da palavra Filistia, que designava a faixa de terra habitada pelos antigos filisteus, localizada no Sudeste de Canaã, ao largo do mar Mediterrâneo. Esse povo era ferrenho inimigo dos hebreus e causou muitas dificuldades aos primeiros monarcas israelitas.

No período neo-testamentário, o historiador Flávio Josefo cognominou todo o território israelita de Palestina. Desde o domínio romano até a fundação do Estado de Israel, em 12 de maio de 1948, a terra dos judeus era conhecida em todo o mundo como Palestina. Atualmente, contu­do, o nome de Israel tornou-se. novamente, predominante.

II - LOCALIZAÇÃO

A Terra de Israel está localizada no continente asiático, a 30* de latitude Norte. Em toda a sua extensão ocidental, é banhada pelo mar Ocidental. Tendo em vista o seu posicionamento estratégico, constituiu-se, segundo Oswaldo Ronis, "num centro de gravidade para o mundo e as civilizações da antiguidade."

Acrescenta Ronis: "Do ponto de vista comercial, ficava na rota obrigatória do tráfego entre o Oriente e o Ocidente, bem como entre o Norte e o Sul; e, do ponto de vista político, igualmente passagem inevitável dos exércitos conquistadores das grandes potências ao seu redor, razão pela qual estas se interessavam por sua conquista e fortificação. Daí as devastações sofridas pela Palestina em repetidas ocasiões da sua história."

III - LIMITES BÍBLICOS

Ao norte, limita-se a Terra de Israel com a Síria e a Fenícia. Ao leste, com partes da Síria e o deserto arábico. Ao sul, com a Arábia. A oeste, com o mar Mediterrâneo.

Esses limites, entretanto, variavam de acordo com as tendências políticas e os movimentos militares de cada época. Constantemente, os israelitas tinham o seu território alargado ou diminuído. No tempo de Salomão, por exemplo, as fronteiras de Israel dilataram-se consideravelmente. Depois de sua morte, contudo, as possessões hebraicas foram diminuindo, até serem absorvidas pelos grandes impérios.

IV - LIMITES ATUAIS

O moderno Estado de Israel limita-se ao norte, com o Líbano; a leste, com a Síria e a Jordânia; ao sul, com o Egito; e, a oeste, com o mar Mediterrâneo. De exíguas dimensões, sua área não chega a 22.000 km. Como já dissemos, é um dos menores países do mundo.

No entanto, as fronteiras do território hebraico foram sobremodo alargadas durante a Guerra dos Seis Dias, ocorrida em junho de 1967. Depois desse conflito, os limites israelenses foram dilatados em aproximadamente 400 por cento.

Obras Consultadas
A Bíblia anotada por Dake
A Terra Santa em Cores - por Sami Awwad
A vida diária nos tempos de Jesus - Henri Daniel - Rops
Antigüidades Judaicas - Flávio Josefo
Assim vive Israel - Abraão de Almeida
Através da Geografia Bíblica, uma viagem à Terra de Deus - Wl Jl Goldsmith Dicionário da Bíblia - John Davis
Dicionário da Língua Portuguesa - Aurélio Buarque de Holanda
Dicionário Universal da Bíblia - Buckland
Enciclopédia Barsa
Enciclopédia de Assuntos Judaicos
Enciclopédia Mirador
Este é Israel - Marcos Margulies
Geografia Bíblica - Enéas Tognini
Geografia Bíblica - Osvaldo Ronis
Geografia Histórica da Bíblia - Netta Kenp de Monney
Geografia da Terra Santa - Enéas Tognini
História do Cristianismo - A. Knight
História Geral - Souto Maior
História da Grécia - Mario Curtis Giordani
História da Igreja Cristã - Jesse Lyman Hurbbut
História de Israel - Abba Eban
História de Israel - Samuel Shultz
História do povo de Israel - Simon Dubnowv
Iniciação à Economia - Silvio Barreti
Manual Bíblico - Henry Halley
Novo Dicionário da Bíblia - Edições Vida Nova
O Mundo do Novo Testamento - Dana Pequena
Enciclopédia Bíblica - Orlando Boyer
Período Interbíblico - Enéas Tognini
Povos e Nações do Mundo Bíblico - Antônio Neves de Mesquita

Fonte: Geografia Bíblica - Claudionor de Andrade - CPAD-1987

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

AS DEZ PRAGAS E SUAS LIÇÕES (Números 33:4)

- As conhecidas dez pragas que o Senhor derramou sobre o Egito, não tinha apenas o propósito de punir Faraó e seu povo, mas, sobretudo publicar em alto e bom som 
- Que Ele Jeová, é o único Deus Verdadeiro. Números 33:4, nos declara: ...E HAVENDO O SENHOR EXECUTADO OS SEUS JUÍZOS nos seus deuses.
- Observemos que em cada praga vemos o julgamento do Senhor sobre os deuses falsos do Egito:

1ª. praga – Águas tornam-se em sangue
– Segundo a crença do egipcios - ISIS E OSIRES eram os deuses que protegiam as águas do Nilo

2ª. praga – a das Rãs
– ÁTOR, um deus que tinha cara de sapo.

3ª. praga – Piolhos
– SEBE, os egipcios criam que este deus era o deus da terra. Que tinha o poder de abençoar o solo egipicio.

4ª. praga – Moscas
– ESCARABIANO era um deus egipcio que tinha a forma de uma grande mosca.

5ª. praga – Peste nos animais
– ÁPIS o deus egipcio que tinha forma de boi.

6ª. praga – Úlceras no povo
– TIFON, este deus era tido para o povo egipcio por muitas era, como o deus da saúde.

7ª. praga – Chuva de saraiva e fogo
– SHOR, esta deusa era venerada como a deusa da atmosfera, com poderes de abençoar os ares do Egito.

8ª. praga – Nuvem de gafanhotos
– SARAPIA, adorado como o deus da agricultura, que segundo eles protegia a lavoura egipcia.

9oª. praga – Trevas
-RA, desde priscas eras, venerado como o deus sol.

10ª. praga – Morte do primogênitos – declara a impotência de Faraó (tido também em todas as dinastias dos Faraós, como deus no Egito).

PrMarcosAntonio

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

HABACUQUE...

1. O LIVRO E O PROFETA
a. Não é difícil perceber uma semelhança entre Habacuque e Jó quanto ao que ambos pensavam a respeito de deus e de si mesmos.
b. Habacuque primeiro reclama, depois ora, finalmente adora.
c. Habacuque jamais entendeu tudo, mas finalmente agradeceu a Deus por tudo.
d. Uma palavra-chave do final do livro é AINDA

2. A SITUAÇÃO NO TEMPO DO PROFETA
a. Era uma época de apostasia coletiva
b. Era uma época de terrível sofrimento
c. Era uma época de paganismo e idolatria.
d. Era uma eóca em que Deus havia anunciado que usaria a pagã Babilônia para punir o povo de Israel

3. UM RESUMO DA VISÃO DIVINA DE HABACUQUE
a. Deus nunca muda, Malaquias 3.6; Hebreus 13.8; Tiago 1.17
b. Deus nunca falha, I Corintios 1.9. I Pedro 1.3,4
c. Deus nunca erra, Gênesis 18.25; Jeremias 29.11; Romanos 8.28
d. Deus nunca perde, Salmos 27.1; Filipenses 4.13; II Corintios 12.9

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

São poucos os ceifeiros (Mateus 9:37)

- Vivemos nos últimos tempos: tempos de crise espiritual, moral e social, que projeta-se também na Igreja do Deus vivo.
- Já não existem obreiros para atender à obra do Senhor, pois poucos querem ser como os ceifeiros da Bíblia.

• O ceifeiro Abraão que saiu de sua parentela, crendo no invisível;
- Hoje os ceifeiros não querem abandonar as famílias pela obra (Gênesis 12:15)

• O ceifeiro Noé, que foi justo em um mundo injusto.
- Hoje os ceifeiros querem viver como o mundo vive (Gênesis6:9).

• O ceifeiro Eliseu, que matou os bois e seguiu a Deus (I Reis 19:19-21).
-Hoje os ceifeiros não querem abandonar seus altos e rendosos cargos.

• O ceifeiro Jacó que trabalhou duramente para obter sua riqueza (Gênesis 30:21).
- Hoje os ceifeiros não querem trabalhar "duramente", querem facilmente.

• O ceifeiro Daniel que se absteve do manjar do rei (Daniel 1:8-16).
- Hoje os ceifeiros, quanto mais amigos do rei melhor, mais influência podem ter. Quem dera fosse o Rei dos reis.

• O ceifeiro Paulo que não teve a sua vida por preciosa (Filipenses 1:21).
- Hoje o ceifeiro visa primeiro a sua vida e depois a do próximo;

• O ceifeiro Pedro que, mesmo tendo negado, não se apartou da fé. (Mateus 26:69-75).
- Hoje, muitos ceifeiros têm negado e se afastado da fé.

• O ceifeiro Estêvão, que não negou falar a verdade diante dos homens.
- Hoje, muitos ceifeiros não falam a verdade, abrigando-se debaixo do argumento: Não vivemos mais naqueles dias (Atos 7:59).

• O ceifeiro Moisés, que levou o povo até onde for possível (Deuteronômio 34:5-7).
- Hoje, os ceifeiros abandonam o povo no deserto por qualquer motivo.

Conclusão:
- Estes são alguns motivos pelos quais há tão poucos obreiros, ceifeiros.
- Mas, oremos ao Senhor da seara, para que mande obreiros com as qualidades anteriormente citadas.
Mefibosete

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

ESBOÇO DO LIVRO DE EXODO - POR MOODY

I. A libertação de Israel. 1:1 - 18:27. 
A. Introdução. 1:1-7. 
B. Escravidão no Egito. 1:8-22. 
C. Preparação do libertador. 2:1 - 4: 31. 
1. Nascimento e preservação de Moisés. 2:1-25. 
2. Chamada e incumbência de Moisés. 3:1 - 4:31. 
D. A missão de Moisés diante de Faraó. 5:1 - 7:7. 
1. Moisés se apresenta a Faraó pela primeira vez. 5:1-23. 
2. A promessa renovada e a ordem de Jeová. 6:1-13. 
3. Genealogia de Moisés e Arão, 6:14-27. 
4. Moisés enviado de volta a Faraó. 6:28 - 7:7. 
E. Maravilhas de Deus na terra do Egito. 7:8 - 11:10. 
1. Deus confirma a incumbência de Moisés e Arão. 7:8-13. 
2. A primeira praga - o Nilo transformado em sangue. 7:14 -25. 
3. A segunda praga - rãs. 8:1-15. 
4. A terceira praga - piolhos. 8:16-19. 
5. A quarta praga - moscas. 8:20-3 2. 
6. A quinta praga - peste. 9:1-7. 
7. A sexta praga - úlceras. 9:8.12. 
8. A sétima praga - chuva de pedras. 9:13-35. 
9. A oitava praga - gafanhotos. 10:1-20. 
10. A nona praga - trevas. 10:21-29. 
11. Aviso da última praga. 11:1-10. 
F. A Páscoa, e a partida de Israel. 12:1 - 15: 21. 
1. Consagração de Israel. 12: 1-28. 
2. A décima praga - juízo de Deus sobre o Egito. 12:29-36. 
3. O êxodo do Egito. 12:37 - 15:21. 
a. A partida. 12 : 37-42. 
b. Mais regulamentos para a Páscoa. 12:43-51. 
c. Santificação dos primogênitos. 13:1-16. 
d. Travessia do Mar Vermelho. 13:17 - 14: 31. 
e. O cântico de Moisés. 15:1-21. 
G. Israel no deserto. 15: 22 - 18:27. 

II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38. 
A. Estabelecimento da aliança no Sinai. 19:1 - 24:11. 
B. Orientação para o santuário e sacerdócio. 24:12 - 31:18. 
C. A aliança quebrada e restabelecida. 32:1 - 34:35. 
D. Edificação do santuário. 35:1 - 39 :43. 
E. Construção e consagração do santuário. 40:1-38.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

PARA UMA VIDA MELHOR...

1- Comece seu dia entregando tudo a Deus.
“Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará”. Salmos 37:5

2- Leia uma porção da Bíblia todos os dias.
“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz, para os meus caminhos”. Salmos 119:105

3- “Carpem Diem”: Aproveite o seu dia.
“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projectos, nem conhecimento, nem sabedoria”. Eclesiastes 9:10

4- “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança:” Lamentações 3:21

5-Tire do seu vocabulário: “não posso”, “não vou conseguir”, “é impossível”.
“Pois para Deus nada é impossível”. Lucas 1:37

6-Viva o presente: Quem vive do passado é museu.
“Portanto, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; tudo se fez novo”. 2 Corintios 5:17

7-Não tome decisão na hora da ira.
“O que facilmente se ira faz doidices, e o homem de maus desígnios é odiado”. Provérbios 14:17

8-Não faça amizades com certos tipos de pessoas.
“Não faça amizade com o iracundo, nem Andes com o homem colérico”. Provérbios 22:24

9-Mantenha amigos por toda a vida.
“O homem que tem muitos amigos pode vir à ruína, mas há um amigo mais chegado do que um irmão”. Provérbios 18:24

10-Ouça mais, fale menos.
“Até o tolo, quando se cala, é tido por sábio, e o que cerra os lábios, por entendido”. Provérbios 17:28

11- Só é feliz quem se contenta com aquilo que tem.
“Não digo isto por causa de necessidade, pois já aprendi a contentar-me em toda e qualquer situação”. Filipenses 4:11

12-Não se isole: ninguém é uma ilha.
“Melhor é serem dois do que um, Se um cair, o outro levanta o seu companheiro. Mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá quem o levante”. Eclesiastes 4:9,10,11.

13-Não seja materialista.
“Como saiu do ventre da sua mãe, assim nu voltará, indo-se como veio. Nada tomará do seu trabalho que possa levar na sua mão”. Eclesiastes 5:15

14-Dê com generosidade, sem esperar nada em troca.
“Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes” Mateus 5:42

15-Não ande ansioso pelo amanhã.
“Portanto, não andeis ansiosos pelo dia amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal”. Mateus 6:34

16-Valorize e ame a sua família.
“Mas, se alguém não cuida dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior que o incrédulo”. 1 Timóteo 5.8

17-Seja ousado no Senhor.
“Porque Deus não deu o espírito de timidez, mas de poder, de amor e de moderação”. 2 Timóteo 1:7

18-Evite contenda.
“E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente”; 2 Timóteo 2:24.

19-Dê graças em todas as circunstâncias.
“Em tudo dai graças, pois está é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”. 1 Tessalonicenses 5:18

20-Ame profundamente e com paixão.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, pois amor é de Deus. Quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus”. 1 João 4:7

Antonio Magnani

quinta-feira, 20 de junho de 2019

JANES E JAMBRES... Quem foram eles ?


"Assim como Janes Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem a verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto a fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesta a sua insesatez, como também o foi a daqueles". II Temóteo 3:8-9.

O apóstolo Paulo no texto supracitado, falava dos seus oponentes, os quais lhe resistiam na pregação do evangelho, e comparava que o fim deles, seria como o de Janes e Jambres, que resistiram a Moisés.

A única referência bíblica que encontramos sôbre o referido texto, é relacionando-o com os mágicos que a serviço de Faraó, tentaram sem sucesso, apresentarem milagres mais poderosos do que os de Moisés, através de suas magias e encantamentos.

"Então, Moisés e Arão entraram a Faraó e fizeram assim como o SENHOR ordenara; e lançou Arão a sua vara diante de Faraó, e diante dos seus servos, e tornou-se em serpente. E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos. Porque cada um lançou sua vara, e tornaram-se em serpentes; mas a vara de Arão tragou as varas deles". Êxodo 7:10-12

Por que os nomes de Janes e Jambres não são citados em qualquer outro lugar do texto sagrado, mesmo nas experiências bíblicas semelhantes, citadas na sequência do texto acima, a não ser exclusivamente uma única vez pelo Apóstolo Paulo, quando escrevia a Temóteo?
Em primeiro lugar, o texto sagrado foi genérico quando citou que Faraó chamou os sábios e encantadores, ou mesmo quando se refere como os magos do Egito. Como eram vários, por certo não houve a necessidade de nominá-los.

Acontece que Paulo, por ter sido um estudioso nato desde a sua juventude, enviado por seus pais de Tarso para Jerusalém para se formar Rabí ou Mestre aos pés de Gamaliel, tornou-se portador de uma elevada cultura, o que possibilitava que tivesse conhecimentos seculares, filosóficos e mesmo históricos, os quais após a sua conversão a Cristo, não os considerava acima da Palavra de Deus, mas chegou a taxá-los como esterco, conforme descreve no texto a seguir: "Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo". Filipenses 3:4-8

No entanto, independente das suas próprias considerações de caráter espiritual, o certo é que Paulo tinha conhecimento de toda a história, e os livros da época, em sua maioria, citavam os nomes de Janes e Jambres entre os principais mágicos e encantadores, justamente no tempo em que foram convocados por Faraó para resistirem a Moisés.

Na época de Paulo, havia em circulação uma espécie de livro judaico, que provavelmente ridicularizava Janes e Jambres como insensatos, justamente pela referida ação ante Moisés.
Os nomes de Janes e Jambres, figuram também em mais de um lugar, em um Targum de Jônatas (Targum: Conjunto de traduções e comentários de textos bíblicos que datam do séc. VI a. C.), em um dos quais temos o seu comentário sôbre a passagem de Êxodo 1:15. Ainda o Targum do mesmo Jônatas sôbre Números 22:22, considera Janes e Jambres como os principais entre os mágicos egípios.

Em vários outros escritos cristãos primitivos, eram citados os nomes de Janes e Jambres, inclusive no evangelho apócrifo de Nicodemos em seu quinto capítulo. Orígenes faz alusão a um livro que tinha o nome deles e Plínio também faz alusão a eles ( ver História Natural xxx. 1,11).

Numênio, o filósofo, refere-se a Janes e Jambres, como escribas egípicios, famosos por seus escritos acerca das artes do ocultismo, o que os coloca na condição de professores de artes mágicas naquele tempo.

Essas informações por certo deram ao apóstolo Paulo, a conscientização necessária para considerar Janes e Jambres, como os líderes daqueles mágicos contratados por Faraó.
As considerações acima mostram que, ainda que outros conhecimentos não sejam necessáriamente fundamentais para a pregação do evangelho, se bem utilizados, podem acessorar em muito na interpretação por parte daqueles que ensinam, e para o entendimento por parte daqueles que lhes ouvem.

Por outro lado, a citaçaõ nominal do apóstolo Paulo sôbre as figuras de Janes e Jambres, pasaram a representar a personificação daqueles que usam de meios humanos ou até mesmo demoníacos para tentar desqualificar ou banalizar o extraordinário de Deus na vida dos seus servos sinceros. Aqueles que agem assim, infelizmente podem ser considerados seus discípulos.

Pr. Carlos Roberto Point Rhema

quarta-feira, 15 de maio de 2019

terça-feira, 2 de abril de 2019

A CRUCIFICAÇÃO...

A crucificação foi inventada pelos persas em 300 a. C., e aperfeiçoada pelos romanos em 100 a. C., sendo aplicada nas diversas nações onde o Império se impunha. Confira os detalhes da morte de cruz a partir do ponto de vista MÉDICO, reunidos por Truman Davis:

1. É a morte mais dolorosa já inventada, excruciante!;
2. Era restrita inicialmente aos piores criminosos;
3. Jesus foi despojado de suas vestes que foram divididas entre os guardas romanos – Salmos 22:19 – “Repartem entre si as minhas vestes e sobre minha túnica tiram a sorte”;
4. A crucificação deu a Jesus uma morte lenta, extremamente dolorosa, agonizante;
5. Os joelhos foram flexionados a 45 graus e Jesus foi forçado a suportar seu peso com os músculos da coxa, e por não ser uma posição anatômica, em poucos minutos leva a cãibras nos músculos da coxa e panturrilhas;
6. O peso de Jesus estava todo em Seus pés, com os pregos cravados. Assim com o estiramento dos músculos dos membros inferiores, o peso do Seu corpo era transferido para os pulsos, braços e ombros;
7. Em alguns minutos após ser colocado na cruz, Seus ombros foram deslocados e alguns minutos mais tarde, Seus cotovelos e pulsos também se deslocaram;
8. O resultado deste deslocamento dos membros superiores levou a um alongamento de 22,8 cm em Seus braços, como se vê nitidamente no Santo Sudário;
9. Nas profecias há citações em Salmos 22:15 – “Como água sou derramado, deslocam-se todos os meus ossos”;
10. Após o deslocamento dos pulsos, cotovelos e ombros, o peso de Seu corpo sobre os membros superiores levou à tração do músculo peitoral maior em seu tórax.
11. A força da tração causou deslocamento da caixa torácica para cima e para fora. Seu tórax se manteve em posição respiratória de inspiração máxima e para poder respirar, Jesus requeria um esforço supremo de Seu corpo;
12. Para respirar, Jesus tinha que empurrar os pregos nos Seus pés para baixo, para poder levantar seu corpo permitindo que a caixa torácica se movimentasse para dentro e para fora para expirar o ar dos pulmões;
13. Seus pulmões estavam em posição constante de inspiração máxima. A crucificação é uma catástrofe médica;
14. Jesus não podia facilmente se mover em torno dos pregos pois os músculos de suas pernas, dobrados a 45 graus, estavam extremamente fatigados, com cãibras severas e numa posição anatomicamente comprometida;
15. Diferente do que se vê nos filmes sobre a crucificação, Jesus se movimentou inúmeras vezes na cruz, aproximadamente 30 cm, pois fisiologicamente se viu forçado a se mover para baixo e para cima para poder respirar;
16. Este processo de respiração Lhe causou uma dor excruciante e um absoluto temor de asfixia;
17. Na sexta hora da crucificação, Jesus estava cada vez menos capaz de suportar Seu peso e Suas pernas. Suas coxas e os músculos das panturrilhas se tornaram extremamente fatigados. Houve aumento do deslocamento dos pulsos, cotovelos e ombros, com elevação da parede do tórax, tornando Sua respiração mais e mais difícil, tornando-O severamente dispneico;
18. Os movimentos para cima e para baixo na cruz para poder respirar causaram dor intensa nos pulsos, pés, ombros e cotovelos deslocados;
19. Os movimentos se tornaram menos frequentes e Jesus se tornou extremamente exausto, mas o terror iminente da morte por asfixia forçou-O a continuar os esforços para respirar;
20. Os músculos dos membros inferiores evoluíram com cãibras intensas devido ao esforço para levantar as pernas com intuito de elevar Seu corpo e poder assim respirar, no comprometimento anatômico em que Se encontrava;
21. A dor dos nervos medianos dos pulsos, dilacerados, explodiam a cada movimento;
22. Jesus estava coberto de sangue e suor;
23. O sangue foi resultado da flagelação e o suor foi resultado de Seu violento e involuntário esforço para tentar respirar. Além disso, estava completamente nu e o chefe dos judeus, a multidão e os ladrões que estavam ao Seu lado, zombavam, blasfemavam e riam d’Ele, na presença de Sua mãe;
24. Fisiologicamente, o corpo de Jesus estava sendo submetido a inúmeros eventos catastróficos e terminais;
25. Como Jesus não conseguia manter uma ventilação adequada pelos pulmões, Ele entrou num estado de hipoventilação;
26. Seus níveis de oxigênio começaram a cair evoluindo para hipóxia, e devido à restrição dos movimentos respiratórios os índices de dióxido de carbono (CO2) começaram a se elevar levando à Hipercapnia;
27. O aumento dos níveis de CO2 estimularam o coração a bater mais rápido para tentar aumentar a entrada de oxigênio e a remoção do CO2;
28. O centro respiratório no cérebro de Jesus enviou mensagens urgentes aos Seus pulmões, para respirar mais rápido e Jesus começou a se tornar ofegante;
29. Seus reflexos fisiológicos faziam com que ele respirasse de forma profunda e involuntária, movimentando-Se para cima e para baixo na Cruz de forma rápida apesar da dor excruciante. Os movimentos agonizantes começaram em minutos, para delírio da multidão que d’Ele zombava, dos soldados romanos e do Sinédrio;
30. Contudo, devido ao cravamento de Jesus na cruz e o aumento da exaustão, Ele foi incapaz de aumentar a demanda de oxigênio para Seu corpo ávido por ar;
31. Os quadros de hipóxia e hipercapnia levaram o coração a bater cada vez mais rápido evoluindo para taquicardia;
32. Os batimentos cardíacos de Jesus cada vez mais rápidos, atingiram provavelmente 220 batimentos/minuto que é o máximo batimento possível para um ser humano;
33. Jesus não havia bebido nada nas últimas 15 horas, provavelmente desde as 18h da véspera e suportou uma flagelação que quase o levou à morte;
34. Ele sangrou por todo o corpo seguindo-se à flagelação, à coroação de espinhos, aos pregos em seus pulsos e pés e às lacerações que se seguiram ao espancamento e quedas;
35. Jesus já estava muito desidratado e sua pressão sanguínea começou a cair muito;
36. Sua pressão deveria estar provavelmente em 80/50;
37. Ele estava na primeira fase do choque, com hipovolemia, taquicardia, taquipneia e hiperhidrose;
38. Por volta de meio dia o coração de Jesus provavelmente começou a falhar;
39. Os pulmões de Jesus provavelmente começaram a se encher de liquido, causando edema pulmonar;
40. Este fato só serviu para aumentar sua respiração que já estava severamente comprometida;
41. Jesus estava em Insuficiência cardíaca e falência respiratória;
42. Jesus disse, “Tenho sede” porque Seu corpo estava clamando por líquidos;
43. Jesus estava desesperadamente necessitando de infusão venosa de sangue, plasma e líquidos para salvar Sua vida;
44. Jesus não podia respirar corretamente e foi lentamente se sufocando até a morte;
45. Neste momento provavelmente Jesus desenvolveu um hemopericárdio;
46. Plasma e sangue se acumularam no espaço que envolve o coração, chamado pericárdio;
47. Este líquido ao redor do coração causou um tamponamento cardíaco, impedindo também que o coração batesse corretamente;
48. Devido ao aumento da demanda do coração de Jesus e ao avanço do quadro de hemopericárdio, Jesus provavelmente sofreu uma ruptura cardíaca. Seu coração literalmente explodiu, e esta foi provavelmente a causa da morte;
49. Para retardar o processo de morte os soldados colocavam um pequeno assento de madeira na cruz, que permitiria a Jesus o privilégio de suportar Seu peso no sacro;
50. O efeito deste assento é que poderia levar até nove dias para morrer na cruz;
51. Quando os romanos queriam acelerar a morte, eles simplesmente quebravam as pernas da vítima, causando uma sufocação em minutos. Este proceder era chamado de crurifragium;
52. Às três horas da tarde, Jesus disse “Tetelastai”, que significa, “Está consumado”. E neste momento, entregou Seu espírito e morreu;
53. Quando os soldados vieram até Jesus para quebrar Suas pernas, Ele já estava morto. Nenhum osso de Seu corpo foi quebrado, em cumprimento à profecia (Salmos 34,21);
54. Jesus morreu após seis horas de agonia, da mais excruciante e terrível tortura já inventada;
55. Jesus morreu para que pessoas como você e eu pudéssemos ir para o Céu. Tudo isso ele sofreu para que através desse ato de aceitação de julgamento e dor aguda, pudesse ser uma ponte entre o Homem e Deus. É pedir muito reconhecer essa forma de amor pela humanidade?

terça-feira, 5 de março de 2019

PODER DO SOFRIMENTO (O)

Aleije-o e terás um Sir Walter Scott.

Tranque-o em uma sela e terás um John Bunyan.

Enterre-o na neve do Vale Forge e terás um George Washington.

Crie-o em pobreza extrema e terás um Abraham Lincoln.

Submeta-o a um amargo preconceito religioso e terás um Benjamin Disraeli.

Derrube-o com paralisia infantil e ele se tornará um Franklin D. Roosevelt.

Queime-o severamente em um incêndio escolar que os médicos digam que nunca andará novamente e terás um Glenn Cunningham, que estabeleceu o recorde mundial em 1934 ao correr uma milha em 4 minutos e 6.7 segundos.

Ensurdeça um compositor gênio e terás um Ludwig van Beethoven.

Que ele ou ela nasça preto em uma sociedade cheia de discriminação racial e terás um Booker T. Washington, uma Harriet Tubman, uma Marian Anderson ou um George Washington Carver.

Faça dele a primeira criança a sobreviver em uma pobre família italiana de 18 filhos e terás Enrico Caruso.

Deixe-o nascer de pais que sobreviveram aos campos de concentração nazista, paralise-o da cintura para baixo quando ele tiver quatro anos e terás um incomparável concertista de violino, Itzhak Perlman.

Diga que ele tem problemas de aprendizado, chame-o de “retardado” e descreva-o como ineducável e terás um Albert Einstein.

(Hewitt, James S, ed. Illustrations Unlimited. Wheaton, Illinois, Tyndale, 1988, p. 28-32)

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

DISTANCIAS E MEDIDAS


DISTANCIAS, MEDIDAS DOS TEMPOS BÍBLICOS!
MEDIDAS DE CAPACIDADE
PARA SÓLIDOS
Nome
Correspondente Bíblico
Proporção
Equivalente atual
Cabo (2Rs 6:25)
1/18 do efa ou 1/6 da medida
1/18
1 litro
GÔmer (Êx 16:16)
1/10 do efa
1/10
1,761
Alqueire ou Seá (2Rs 7:1), Chaliche (Is 40:12) e Medida* (Gn 18:6)
1/3 do efa
1/3
5,871
Efa (unidade báscia, Lv 19:36)
10 gômeres ou 1/10 do ômer
1
17,621
Leteque (Os 3:2, "um ômer e meio")
5 efas ou 1/12 do ômer
5
88,11
Coro (Ed 7:22) ou Ômer (Ez 45:11)
10 efas
10
176,21
* Em Apocalipse (6:6) a Medida (choinix) é igual a 1 litro.
PARA LíQUIDOS
Nome
Correspondente Bíblico
Proporção
Equivale atual
Sextário ou Logue (Lv 14:10)
1/12 do him
1/72
0,291
Him (Lv 19:36)
1/6 do bato
1/6
3,471
Bato (unidade básica, Is 5:10) e Cabo (Lc 16:6)*
1/10 do coro
1
20,821**
Coro (1Rs 5:11)
10 batos
10
208,21
* Outros consideram a metreta (Jo 2:6) também igual ao bato, mas é provável que a metreta tivesse 30 a 40 litros.
** Outros entendem que o bato tinha entre 30 e 34 litros.
MEDIDAS DE COMPRIMENTO
Nome
Correspondente Bíblico
Proporção
Equivalente atual
Dedo (Jr 52:21)
1/4 de quatro dedos
1/24
1,8 cm
Quatro Dedos* (Êx 37:12)
1/3 de palmo ou 1/6 do côvado
1/6
7,4 cm
Palmo** (Êx 28:16)
1/2 do côvado
1/2
22,2 cm
Côvado*** (unidade básica, Gn 6:15)
2 palmos
1
44,4 cm
Braça (At 27:28)
4 côvados
4
1,8 m
* Quatro Dedos é a medida da palma da mão (Êx 37:12) na base dos quatro dedos.
** Palmo é a distância entre a ponta dos dedos extremos com a mão espalmada.
*** Côvado é a distância entre o cotovelo e a ponta do dedo médio. O Côvado em Ezequiel (43:13) equivale a 51.8 cm, pois soma um côvado mais quatro dedos. Em conseqüência, a cana (Ez 41:8) equivale a 3,11 m, pois é igual a seis côvados de Ezequiel.
MEDIDAS DE DISTÂNCIA
Nome
Correspondente Bíblico
Equivalente atual
Tiro de pedra (Lc 22:41)
20 a 30 m
Tiro de arco (Gn 21:16)
100 a 150 m
Jornada de um sábado (At 1:12)
2.000 Côvados
888 m
Jornada de um dia (Gn 31:23)
30 a 40 km
Estádio romano (Lc 24:13)
185 m
Milha romana (Mt 5:41)
8 Estádios
1.479 m
MEDIDAS DE ÁREA
Jeira
Área que uma junta de bois pode arar em um dia,? mais ou menos um quarteirão quadrado com 50 m de lado, o que equivale a 2.500 metros quadrados (1Sm 14:14)
MEDIDAS DE TEMPO
Hora
1/12 do Dia e 1/12 da Noite; a extensão da hora variava de acordo com a estação do ano. As horas do Dia eram contadas a partir do nascer do sol e as da Noite, a partir do pôr-do-sol (Mt 20:3)
Vigília
Os israelitas dividiam a Noite em 3 Vigílias, sendo cada uma de 4 horas (Jz 7:19); os romanos a dividiam em 4 Vigílias, com 3 horas cada uma (Mt 14:25)
Noite
12 Horas, do pôr-do-sol até o seu nascer (Gn 7:4)
Dia
12 Horas, do nascer ao pôr-do-sol (Gn 7:44); 24 Horas, de um pôr-do-sol até o outro (Êx 20:8-11)
Semana
7 Dias, terminando com o sábado (Êx 20:10)
Mês
29 a 30 Dias, iniciando com a luz nova (Num 28:14)
Ano
12 Meses lunares (354 Dias; 1Cr 27:1-15). De três em três anos acrescentava-se um mês (pela repetição do último mês) para tirar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.
Fonte: http://maisjesus.net