
(1) as “tempestades” que nós mesmos criamos (como aquelas que Sansão viveu por causa de seu envolvimento com Dalila e por não ter domínio próprio);
(2) as “tempestades” que são causadas por Deus (como esta do texto de que trata este artigo);
(3) as “tempestades” criadas por outras pessoas (como a que Paulo e Silas viveram quando foram levados ao cárcere).
1. O fato de Jesus estar dormindo durante a tempestade indica a tranqüilidade da fé. (textos relacionados Salmo 4:8; II Reis 6:16, 17, 32; Prov. 19:23)
- Os versos 35 a 37 nos contam que Jesus convidou seus discípulos a passarem para a outra margem do Mar da Galiléia. Após um dia cansativo, o Senhor precisa recompor suas forças; descansar; e Ele sabia bem que seus discípulos precisavam fazer isso também a fim de ter uma vida equilibrada.
- “Vamos atravessar para o outro lado.” Foi o convite do Senhor. Jesus olhou aqueles homens que haviam trabalhado duramente, sem descanso e os convida a se retirarem. Imaginemos o quão estressante seria a vida de Jesus, se Ele não separasse tempo para descansar. Sem privacidade, sem uma casa sua, em seu ministério itinerante, dia após dia o Mestre ia de um lugar a outro, atendendo a todos aqueles que a Ele se achegavam com suas dores, seus problemas de quaisquer ordens. Facilmente o Mestre teria se esgotado se Ele não soubesse QUANDO devia descansar. Não raro Ele ia ao deserto ou às montanhas refazer-se, por meio da oração, conectando-se ao Pai.
- Jesus sabia que o descanso NÃO era algo opcional, por isso Ele sobreviveu ao stress bem como à ansiedade e ao pânico que tantas vezes poderiam ter assolado Sua vida e seu ministério.
2. O desespero e a ansiedade dos discípulos ante a iminência da tempestade.
- Enquanto Jesus dormia tranqüilo, levantou-se grande temporal de vento; o que era bastante comum na região do Mar da Galiléia, o qual era considerado muito perigoso. Embora fossem homens experientes no lidar com o mar, os discípulos encheram-se de pavor e de ansiedade, pois nunca tinham estado com o barco à deriva, longe da costa. Estavam certos da morte, do naufrágio que os abateria por causa daquela tempestade. Então acordaram a Jesus, porque as ondas se arremessavam contra o barco, de modo que o mesmo já começava a encher-se de água.
Como permanecer calmos, manter a coragem e a confiança em Deus, não importando as circunstâncias, quando estou em crise em meu casamento, meu trabalho ou com alguém na própria igreja? Como não sucumbir, se forças para além das minhas teimam em me ameaçar?
- “Senhor, não te importa que morramos?” Assim perguntaram os discípulos. Assim perguntamos tantas vezes a Deus. “Senhor, não te importas comigo? Com meu casamento, com minha saúde, com minha vida espiritual, com minhas finanças?”, “Senhor, eu vou perecer!” gritamos assustados e ansiosos pelo “socorro divino”! (ver Salmos 121:1-2)
3. Os discípulos acordam a Jesus.
- Os discípulos viviam com Jesus, viam seus feitos todos os dias e ainda assim se angustiaram. É, amados irmãos, a incredulidade é a mãe do pânico e faz parte de nossa natureza humana, principalmente se esta não estiver submetida continuamente a Deus.
- Jesus levanta-se, chama a atenção de seus discípulos. Chama-os à razão! “A fé de vocês é pequena!”, Ele afirma convictamente.
- De fato, com Jesus em nosso barco, é preciso que dominemos nossas emoções, nossos temores. A Bíblia nos adverte que nossas emoções são enganosas. (ver Prov.23:7)
- Jesus, então, repreende os ventos e o mar e faz-se GRANDE bonança. Não somente bonança, amados! Porém GRANDE bonança. O que aprendemos com isto? Aprendemos que o Senhor Jesus é Deus! É o Senhor da criação! Ter poder sobre as forças da natureza era para os judeus uma evidência da Divindade. Somente Deus poderia dominar as forças naturais. Todavia sua visão espiritual estava vedada.
- Será que você e eu sabemos QUEM Ele é?
- Será que quando as adversidades nos assolam, dormimos tranqüilamente, repousando em Deus, crendo que, com Ele em nosso barco, nada poderá nos abater ? Ou será que temos perguntado “Mestre, não te importa que morramos?”, incrédulos ainda do grande poder que o Senhor tem para acalmar TODAS as tempestades, sejam elas terríveis como forem?
- Amados, quando o Senhor se levanta, a tempestade cessa, a agitação pára, os ventos se acalmam, porque Ele é Deus! E então experimentamos GRANDE bonança.
4. Quem é este homem?
- Tendo Jesus ordenado que o mar e que os ventos se acalmassem, aqueles homens maravilhados perguntavam-se entre si: “Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?”
- Vejam que a preposição ATÉ em nossa língua é usada para dar a idéia de inclusão. Implicitamente, eles diziam “Ele pode fazer tudo, INCLUSIVE ordenar ao mar e aos ventos que se acalmem!”
Vejam, amados, o que significam, então, para Jesus, os meus problemas, os seus problemas? Sabemos QUEM Ele é? Temos confiado completamente nossa vida a Ele?